sexta-feira, 31 de março de 2017

Capital do Estado Islâmico no Iraque está a poucos dias de ser dominada


Mossul, considerada a ''capital'' do Estado Islâmico no Iraque, está a poucos dias de ser totalmente libertada do controle dos terroristas, que no momento estão enfrentando pesadas baixas na região pelas forças iraquianas. Enquanto isso, finalmente, após muitas baixas entre civis, as forças de segurança iraquiana estão retirando-os das zonas de bombardeios e linhas de fogo, a fim de evitar mais baixas e novos ''erros'' de alvos dos yankees entre os pesados confrontos com os terroristas.
Aos poucos os civis estão sendo libertos pelas forças do Iraque, o sorriso volta aos rotos das pessoas graças a coragem dos soldados iraquianos que arriscam sua vida nas batalhas contra os suicidas do Estado Islâmico. 



quarta-feira, 29 de março de 2017

Turquia anuncia fim de operações militares na Síria


O Conselho Nacional de Segurança da Turquia anunciou o fim da campanha militar "Escudo do Eufrates" no norte da Síria.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, participou da reunião do Conselho Nacional de Segurança da Turquia.
"Notou-se que a operação 'Escudo do Eufrates', iniciada com o objetivo de garantir a segurança nacional, impedindo a ameaça do Daesh (autodenominado Estado Islâmico, proibido na Rússia e em vários outros países) e o retorno dos refugiados sírios às suas casas, foi concluída com êxito", lê-se a declaração do Conselho Nacional de Segurança da Turquia.
Em agosto do ano passado, forças turcas, apoiadas por rebeldes do Exército Sírio Livre e aeronaves da coalizão liderada pelos EUA, iniciaram uma operação militar chamada de "Escudo do Eufrates" para limpar a cidade fronteiriça síria de Jarablus e a área circundante do grupo terrorista Daesh.
A campanha foi a primeira incursão da Turquia na Síria. A operação foi amplamente criticada pelos curdos sírios e por Damasco, que acusaram Ancara de violar a integridade territorial da Síria.
Como Jarablus foi retomada, as forças conjuntas de Ancara, a coalizão e os rebeldes sírios continuaram a ofensiva a sudoeste. Em novembro, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, fez uma observação controversa, dizendo que a operação militar das forças armadas turcas na Síria foi projetada para acabar com o governo de Bashar Assad.
Mais tarde o líder turco se redimiu, não sem antes pedir a renúncia imediata de Assad.
Cooperação com a Rússia
No final de fevereiro, o Chefe do Estado-Maior Geral da Turquia, Hulusi Akar, disse que a cidade de al-Bab estava sob controle e que os objetivos da operação do Escudo do Eufrates na Síria foram alcançados.
Durante a operação para libertar al-Bab do Daesh, os aviões militares russos e turcos bombardearam conjuntamente os alvos dos terroristas pela primeira vez. A campanha foi aprovada pelas autoridades sírias.
Al-Bab era um dos últimos bastiões remanescentes do Daesh perto da fronteira turca. Capturar a cidade é de importância estratégica para a Turquia, a fim de evitar que curdos sírios a conquistem e a unifiquem a seu próprio território.

É tão ridículo ter saudades da ditadura militar?


Como alguém, em sã consciência, pode ter saudades de um governo que tinha, apenas, *12 ministérios?* Prova, inequívoca, que o país não era bem administrado. 
Como confiar em *presidentes que morreram pobres?* Um homem que ocupa o cargo máximo de uma nação, sem fazer fortuna, prova que não sabe aproveitar oportunidades, nem gerir o patrimônio próprio. Um incapaz. 
Como ser saudoso de uma época de ditadura, onde todos os cidadãos tinham direito ao livre acesso às armas de fogo? E pior, a repressão era tão violenta que, mesmo armados, os cidadãos não se matavam. Isso demonstra o medo da população contra aquele governo bárbaro. 
Como respeitar um regime que criou o *INSS, o PIS, o PASEP, regulamentou o 13º,* instituiu a correção monetária, criou o *Banco Nacional da Habitação, o FUNRURAL,* construiu mais de 4 milhões de moradias e abriu 13 milhões de vagas de emprego?
Melhor nem falar de infraestrutura. Em 21 anos, conseguiram, apenas, *asfaltar 43.000Km de estradas,* construir 4 portos, reformar outros 20, instalar as maiores hidrelétricas do mundo, decuplicar a produção da Petrobrás, criar a *Embratel e a Telebras,* implementar dois polos petroquímicos, entre outras coisinhas sem importância. 
A educação era ridícula. Pegaram o país com *100 mil estudantes secundaristas* e transformaram em *1.3 milhões.* Criaram o *Mobral, o CESEC, a CNPQ e o programa de Merenda Escolar*. 
Nestes vergonhosos anos de chumbo, onde o PIB cresceu *14%, as exportações* saltaram de *1.5 para 37 bilhões,* atingimos a *7ª economia economia mundial* e nos tornamos o *2º maior produtor de navios do planeta.* Uma catástrofe!!
Realmente, durante essa página negra da história nacional, pelo visto, apenas os presídios funcionavam. Esses, sim, um exemplo. Neles entraram *terroristas, assassinos, assaltantes, guerrilheiros, seqüestradores, e saíram deputados, ministros, governadores e, até, dois presidentes.* Isso que é recuperação. Sabemos que a ditadura militar foi financiada pelos EUA, e não era um governo 100% nacionalista, mas olhando cruamente para hoje e antigamente, será mesmo que a ditadura era tão ruim assim? Temos que lembrar que os EUA financiou a ditadura porém também financiou a queda dela, mas por que? Porque viram que um governo rígido no Brasil iria alavancar nosso país. E hoje, agora que estamos "livres" parece que a influência liberal dos EUA é mais forte do que na época da ditadura. Não apoiamos a ditadura, nem o governo atual, mas olhamos cruamente os governos que fizeram bem ao Brasil.  


Nasrallah: A ONU é fraca por retirar as críticas a Israel

Líder do Hezbollah, Nasrallah. 

O líder do movimento libanês Hezbollah chamou a Organização das Nações Unidas (ONU) de "fraca", depois da retirada de um relatório acusando Israel de impor "regime similar ao do apartheid" aos palestinos; uma oficial-sênior da ONU renunciou depois que o secretário-geral pediu que ela removesse da internet o relatório, publicado pela Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental; líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse em um discurso na televisão que o incidente serviu como um lembrete da "verdade sobre essa organização, que é fraca... e sucumbe à vontade dos Estados Unidos e de Israel"
O líder do movimento libanês Hezbollah chamou a Organização das Nações Unidas (ONU) neste sábado como "fraca", depois da retirada de um relatório acusando Israel de impor "regime similar ao do apartheid" aos palestinos.
Uma oficial-sênior da ONU renunciou, na sexta-feira, depois que o secretário-geral pediu que ela removesse da internet o relatório, publicado pela Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental.
A sub-secretária-geral da ONU e secretária-executiva da comissão, Rima Khalaf, disse que estava saindo depois de "poderosos estados membro" pressionarem a entidade mundial e seus chefes com "ataques perversos e ameaças".
O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse em um discurso na televisão que o incidente serviu como um lembrete da "verdade sobre essa organização, que é fraca... e sucumbe à vontade dos Estados Unidos e de Israel".
A ONU é "incapaz de assumir uma posição" e o que aconteceu com o relatório provou que não se pode contar com ela para "defender direitos humanos em nossa região", disse.
Hanan Ashrawi, membro do comitê executivo da Organização pela Libertação da Palestina, também criticou a decisão e pediu que o relatório fosse reintegrado.
Fonte: Jornal Brasil247

terça-feira, 28 de março de 2017

Míssil do Hamas atinge sul de Israel


Um míssil disparado da Faixa de Gaza atingiu "uma área aberta" na cidade israelense de Ashkelon, no sul do país, segundo informou o exército israelense neste sábado (18).Um míssil disparado da Faixa de Gaza atingiu "uma área aberta" na cidade israelense de Ashkelon, no sul do país, segundo informou o exército israelense neste sábado (18).
As Forças de Defesa de Israel informaram que ninguém foi ferido e que a vizinhança está sendo revistada em busca do projétil.
O jornal Haaretz havia relatado anteriormente que o ataque fez soarem as sirenes de alerta de foguete ao longo da fronteira israelense com Gaza.
O incidente ocorre apenas um dia depois de o sistema de defesa antimísseis Arrow de Israel ter interceptado um míssil antiaéreo disparado pelo exército sírio sobre Jerusalém.
Fonte: SPUTNIK

Forças dos EUA bloqueiam o avanço do Exército sírio no oeste do país

Soldados do exército sírio em combate.
Forças dos EUA bloqueiam o avanço do Exército sírio em preparação para a partição da Síria.
Uma operação apoiada pelos EUA perto de Raqqa visa "bloquear qualquer avanço das forças do governo sírio a partir do oeste". Onde a Balcanização da Síria começa.
O caminho para Raqqa agora é bloqueado pelas forças dos EUA e seus aliados. As chances de que Raqqa (e a região circundante) sejam devolvidas à Síria, agora são escassas ou nenhuma. Os Exércitos estrangeiros e seus proxies estão afiando suas facas de escultura.
As Forças Especiais dos EUA e combatentes árabes e curdos da Síria acabam de capturar uma "estratégica base aérea" do Estado Islâmico no norte da Síria; Ao fazê-lo, eles também "bloquearam" o avanço do Exército sírio quando o mesmo se aproxima de Raqqa a partir do oeste.
As Forças Democráticas Sírias (SDF) lideradas pelo curdos, anunciaram no domingo que capturaram a base aérea de Tabqa, a 45 km a oeste de Raqqa, considerada a ''capital'' Estado Islâmico na Síria.
No início desta semana, as forças dos EUA levaram os combatentes da SDF para trás das linhas do ISIS para permitir que lançassem o assalto de Tabqa, e na sexta-feira a aliança alcançou uma das entradas da barragem.
As forças da SDF estão dentro de 10 km do norte de Raqqa, e tentam cercar a cidade antes de lançar o grande assalto contra ela.
Além de recapturar a barragem, a SDF disse que a operação apoiada pelos EUA também pretende bloquear qualquer avanço das forças do governo sírio a partir do oeste.
As forças dos EUA que foram enviadas à Síria apoderaram-se de quatro pequenas aldeias em uma área a oeste de Tabqa e cortaram a estrada principal que liga as províncias de Raqqa, Deir ez-Zor e Aleppo.
A SDF cortou a última estrada principal para Raqqa há poucos dias, estreitando-se sobre a cidade a partir do norte, leste e oeste.
A única maneira de entrar ou sair de Raqqa agora é sobre o rio Eufrates que limita a cidade ao sul.
*Será interessante ver a reação de Moscou. Isso sempre foi parte do "negócio" na Síria? Ou será que Washington espera que a Síria, o Irã e a Rússia aceitem o destino ordenado para Raqqa?

Como se não bastasse invadirem e operarem ilegalmente em uma nação soberana, agora simplesmente cortam o Exército legítimo da dita nação soberana de libertar suas próprias cidades do terrorismo. Isto é, os EUA na Síria.
Para os que acham que Trump está fazendo o que prometeu à Síria

Mapa Oeste da Síria. 

Fonte: Russia Insider

segunda-feira, 27 de março de 2017

Rússia continua massacrando civis sírios com sua ajuda humanitária

Soldados russos distribuindo ajuda humanitária na Síria
A Rússia segue mais uma vez com sua  ''maldade'' na Síria
Nos últimos dias, sozinha, a Rússia entregou um total de 4,6 toneladas de ajuda humanitária à 1.600 moradores sírios da província de Aleppo, incluindo água engarrafada e brinquedos para crianças, de acordo o centro russo para a reconciliação síria.
Uma verdadeira solidariedade que você não verá nas mídias, afinal, tal coisa não se enquadra em suas propagandas ocidentais.
A Rússia além de ajudar em ataques, ajuda a desarmar minas de aldeias e cidades recentemente libertadas do terrorismo, assim trazendo segurança para a população que irá repovoar os locais. 



domingo, 26 de março de 2017

Governo Sírio adverte Israel e promete forte retaliação caso aconteça mais ataques


O governo sírio anunciou que vai retaliar caso Israel continue efetuando ataques aéreos contra o território desse país árabe.
Quaisquer futuros ataques contra o território sírio receberão uma resposta com força letal e ataques de retaliação em profundidade do território israelense, comunicou o governo sírio.
De acordo com o comunicado, enviado através dos mediadores russos, os ataques contra objetivos militares sírios irão ter como resposta o lançamento de mísseis Scud (míssil balístico móvel, de origem soviética, de curto alcance) contra bases militares de Israel.
Se Israel atacar infraestruturas civis sírias, os mísseis sírios serão disparados contra o porto israelense e instalação petroquímica de Haifa. Os mísseis serão lançados sem qualquer notificação prévia, diz a nota.
Esse aviso surgiu depois de o presidente do país, Bashar Assad, ter feito uma declaração, em 20 de março, afirmando que proteger suas próprias fronteiras é um direito e obrigação de todas as nações.
"A resposta forçada da Síria aos ataques israelenses mudou as regras do jogo", disse o embaixador sírio na ONU, Bashar al-Jaafari. Ele acrescentou que tal resposta à ameaça é "apropriada e vai em conformidade com a operação terrorista de Israel" e que "a partir de agora, Israel vai considerar mil vezes [antes de bombardear de novo]".
Em 17 de março, os militares israelenses efetuaram vários ataques aéreos contra o território sírio, sendo que estes foram seguidos pelo lançamento de vários mísseis antiaéreos contra os aviões militares israelenses que sobrevoavam o território da Síria.
Um dos mísseis teria sido alegadamente interceptado pelo sistema da defesa antimísseis israelense Arrow. Porém, as autoridades sírias afirmam que eles abateram com sucesso um avião israelense nas cercanias de Damasco.
Após os incidentes mencionados, Israel ameaçou conduzir ataques especificamente para destruir as baterias antiaéreas sírias.
De acordo com as autoridades israelenses, os ataques aéreos visam combater as armas avançadas contrabandeadas para o Hezbollah no Líbano através do território sírio.
"Nossa política é muito coerente", disse o premiê israelense na sequência dos ataques. "Quando estamos a par de uma tentativa de contrabandear armas para o Hezbollah, fazemos qualquer coisa para prevenir isso, sendo que temos dados e capacidades suficientes para reagir."
De acordo com a mídia, durante seu encontro com o presidente russo, Netanyahu prometeu continuar tentando lutar contra as tentativas de contrabandear as armas para o Hezbollah através da Síria. Netanyahu negou as informações de que lhe tivesse sido pedido para cessar as operações militares na Síria.
Israel e a Síria não estiveram envolvidos em qualquer tipo de uma confrontação militar séria desde que começou a guerra civil na Síria seis anos atrás.

Exército Russo ajuda a desarmar minas do Estado Islâmico em Palmira


Enquanto a coalizão liderada pelos EUA seguem massacrando civis no norte da Síria, os ''malvados'' sapadores russos seguem arriscando suas vidas na desminagem da antiga cidade de Palmira libertada recentemente do terrorismo. Graças a ''malvadeza'' russa, Palmira voltará a ser uma região segura para ser povoada outra vez. 

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sábado, 25 de março de 2017

Marine Le Pen visita Vladimir Putin na Rússia

Presidente russo, Vladimir Putin e a Marine Le Pen 

O encontro foi feito ontem, dia 24/03/2017, com o atual presidente russo e a figura da 'extrema-direita francesa' e também futura candidata e a presidente da França, Marine Le Pen. É algo muito importante para geopolítica, atualmente a França está ao lado dos EUA, e suas políticas imperialistas no Oriente, já a Rússia está ao lado Oriental, apoiando Assad, Le Pen apoia Assad e se caso seja eleita como presidente da França já demostra simpatia com a Rússia e seus valores.
Le Pen divulgou o encontro em seu Facebook, com as seguintes palavras: "Com o presidente russo, Vladimir Putin, temos evocado longamente a situação internacional e o terrorismo. Também temos trocado sobre o destino dos cristãos do oriente, ameaçados diariamente pelos fundamentalistas islâmicos. "

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sexta-feira, 24 de março de 2017

Al-Qaeda perde para Exército Sírio todo território conquistado em Damasco

Após 6 dias repelindo uma massiva ofensiva liderada pela Al-Qaeda no leste de Damasco, o Exército sírio recupera totalmente todos os pontos e áreas perdidas para os grupos terroristas na região.
No domingo passado, uma coalizão de grupos ''rebeldes'', incluindo Falyaq al-Rahaman e Ahrar al-Sham e liderada pela Frente al-Nusra, lançou um forte ataque surpresa usando dois VBIEDs contra posições do Exército sírio dentro do distrito de Jobar, perto da frente de Al-Qaboun.
Um repórter de campo incorporado com as forças governamentais disse à AMN que o Hay'at Tahrir al-Sham (anteriormente Frente al-Nusra) retirou seus combatentes do campo de batalha na noite de ontem.
Tal retirada pode ter sido feita devido às fortes baixas entre os grupos, de acordo com a mesma fonte.

EVENTO: Cenários da Síria e do Iraque: Fim do Estado Islâmico?



NESSE SÁBADO IRÁ OCORRER EVENTO RECOMENDADO EM SÃO PAULO. 

Com o Tema:
Cenários da Síria e do Iraque: Fim do Estado Islâmico?

Convidamos para a Palestra do Dr. Assad Frangieh.
Dia: 25 de março de 2017
Horário: 16:00 horas 
Local: Av. Indianópolis , Nº 1.192, na Sala Palmyra do Esporte Clube Sírio - São Paulo. 

Estamos esperando os realizadores do evento confirmarem se podemos transmitir o evento ao vivo. 
Mas aos camaradas de São Paulo e região aguardamos sua presença!!!!

quinta-feira, 23 de março de 2017

Israel e EUA boicotam e atacam Conselho de Direitos Humanos da ONU


Israel e Estados Unidos foram proeminentes ausentes do debate no Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre o “item 7” da agenda, relativo à situação na Palestina e outros territórios árabes ocupados, na segunda-feira (20). Ambos alegam oposição à própria existência do item e acusam a ONU de enviesamento contra Israel, mas algumas ONGs que estiveram no debate desempenharam o papel de porta-vozes do governo israelense.
O novo relator especial da ONU para o território ocupado da Palestina, Michael Lynk, não pôde comparecer à 34ª sessão do Conselho de Direitos Humanos em Genebra, Suíça, por motivos pessoais. Em cima da hora, enviou seu relatório e um resumo da sua intervenção por vídeo, que foi transmitido na sala XX, a Sala dos Direitos Humanos e da Aliança das Civilizações. Além de Israel e EUA, alguns países europeus também boicotaram a reunião.
Aconteceria ali o debate interativo com o relator especial – onde as missões diplomáticas dos mais de 47 países membros do Conselho, observadores e ONGs participariam – seguido pela apresentação dos relatórios do secretário-geral e do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos pelo alto-comissário Zeid Ra’ad Al Hussein.
Todos os relatórios foram unânimes na reafirmação já aparentemente padronizada das “mais profundas preocupações” com a situação dos direitos humanos na Palestina e nas colinas sírias de Golã, territórios ocupados desde a guerra de junho de 1967 por Israel e desde então palco de uma intensa atividade ilegal de colonização.
Nas intervenções rechaçou-se o enraizamento do status quo: a ocupação militar sustentada na repressão, em prisões, mortes, deslocamento forçado, confisco de terras usadas para a construção ou expansão de colônias, demolições de casas e outras medidas de punição coletiva – um crime de guerra segundo as Convenções de Genebra de 1949, das quais Israel é signatário.
Criticou-se também a ação do novo secretário-geral da ONU António Guterres na exigência de retração do relatório da Comissão Econômica e Social da ONU para a Ásia Ocidental (ESCWA) endossado por Rima Khalaf, secretária-executiva do órgão e secretária-geral adjunta da ONU, com as conclusões de que Israel sustenta um regime de segregação racial, de apartheid.
Um dos autores do relatório, ex-enviado especial da ONU para a Palestina, Richard Falk, é um costumeiro alvo acusado de antissemitismo por sua posição inconfundível contra a ocupação. Mas tanto a ocupação quanto o apartheid são tabus para a liderança israelense e seus aliados, que não só evitam como condenam o uso dos conceitos, haja a evidência que houver para assim definir a situação. Diante do pedido de remoção do relatório da página da ESCWA, Khalaf demitiu-se e denunciou a pressão inaceitável exercida contra o trabalho sob alegação de “falhas procedimentais”, mas não de problemas de conteúdo.
Defesa dos direitos humanos
Representantes diplomáticos da Palestina e diversos outros países, assim como organizações palestinas – Al-Haq, BADIL, Al-Mezan, entre outras – e internacionais – como a Human Rights Watch e o Conselho Norueguês para os Refugiados – fizeram contundentes denúncias contra as práticas da ocupação israelense, que incluem a perseguição aos defensores dos direitos humanos e a jornalistas engajados na documentação e divulgação de dados importantes para a compreensão da violência.
Human Rights Watch pediu ao relator especial notícias da base de dados da ONU sobre as empresas baseadas ou que comercializam com as colônias ilegais israelenses como forma de pressionar Israel e acabar com a impunidade por esta prática contraventora do Direito Internacional Humanitário. Outras, como a Organização Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação, cederam seu curto tempo – um minuto e trinta segundos, cada – a representantes comunitários como o ativista Issa Amro, de Hebron, que denunciou a perseguição e o encarceramento de companheiros e, possivelmente, o seu próprio.
Todos denunciaram a falta de respeito de Israel com o compromisso de colaboração com o trabalho do Conselho, o que inclui a persistente recusa à entrada do relator especial nos territórios ocupados. Talvez por isso, notaram alguns, o muro israelense construído em território palestino desde 2002, com cerca de 800km de extensão, não está no relatório. Blocos regionais ou políticos como o Movimento dos Não Alinhados, o Grupo Africano, o Grupo Árabe e a Organização de Cooperação Islâmica tiveram a chance de manifestar sua opinião coletiva sobre a situação.
Já a UN Watch (“Observatório da ONU”), o World Jewish Congress (“Congresso Judaico Mundial”) e o Touro Law Center (“Instituto de Direitos Humanos e o Holocausto”) dedicaram-se exclusivamente a atacar a ONU, o Conselho de Direitos Humanos, o relator especial, o relatório e todos os participantes do debate, acusando-os de antissemitismo e enviesamento contra Israel, “a única democracia no Oriente Médio”, e de negligenciar os direitos humanos dos israelenses. A tentativa de nivelar o impacto da ocupação – ainda que escamoteada – sobre israelenses e palestinos é reiterada.
Sem surpresa, não houve resposta factual sobre os dados dos relatórios ou das intervenções alheias. O diretor-executivo do UN Watch, Hillel Neuer, nomeou países que participaram do debate para acusá-los de serem “os piores violadores dos direitos humanos” e de mentirem, alegando que os palestinos residentes de Israel gozam de direitos completos de cidadãos e sugerindo que os países árabes movem-se apenas por antissemitismo. O presidente da sessão teve de interrompê-lo para pedir uma linguagem de respeito que permitisse o diálogo e, ao voltar a falar, Neuer sugeriu que Israel era a real vítima de apartheid na ONU.
A posição oficial israelense e estadunidense é contrária à existência do item 7 da agenda de debates e o Departamento de Estado dos EUA, em declaração sobre o tema emitida na mesma segunda, prometeu votar contra todas as resoluções apresentadas no Conselho sob o item 7. É uma amostra de que o foco nos crimes cotidianos de Israel para sustentar a ocupação da Palestina é incômodo e o boicote tem um fim prático.
Neste ano, a infame Declaração de Balfour em que o chanceler britânico concordava com o estabelecimento de um “Lar Nacional para o Povo Judeu” na Palestina para satisfazer o movimento sionista completa um século. A “Nakba”, catástrofe, compôs-se da expulsão de cerca de 800 mil palestinos, a destruição de mais de 500 vilas e a morte de milhares de palestinos no processo de criação do Estado de Israel, em 1948, e adiamento do Estado da Palestina, cujo território é engolfado há 50 anos pela ocupação militar e mais recentemente com o expansionismo do colonialismo israelense, respaldado por aliados como os EUA, ainda que a realidade seja, na prática, de tentativa de anexação. O fim do túnel parece nem sequer existir e, há décadas, o que se viu era uma miragem pintada pelas potências interessadas no status quo.
Mesmo assim, Israel e EUA alegam não ver motivo para que exista foco, na ONU, para a questão palestina. Quando a potência ocupante e uma potência imperialista, sua aliada e patrocinadora, boicotam o compromisso com uma causa há décadas soterrada em seu conluio, algo evidentemente tendencioso se expõe.
Se mesmo com um ponto específico na agenda ou uma agência especializada da ONU para prestar assistência a cinco milhões de refugiados palestinos a situação se perpetua, qual é o medo de Israel de prestar contas sobre seus crimes flagrantes e evidentes? Não é à toa que para grande parte dos oradores no debate, a impunidade da liderança colonialista de Israel é uma das maiores mantenedoras da ocupação e cabe ao mundo interromper este círculo vicioso.
*Moara Crivelente é doutoranda em Política Internacional e Resolução de Conflitos e diretora de Comunicação do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz)

Fonte: JORNAL VERMELHO

quarta-feira, 22 de março de 2017

Mais um vez a Aliança global contra o Estado Islâmico se reúne em Washington


A coalizão de países que luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), no Iraque e na Síria, se reunirá hoje (22) em Washington, capital norte-americana.
Representantes diplomáticos de 68 países estarão presentes para discutir estratégias e avaliar as ações da aliança global até o momento. Será a primeira reunião da coalizão da era Trump e o encontro será conduzido pelo secretário de Estado, Rex Tillerson.
Exterminar o grupo foi uma das promessas de campanha do presidente Donald Trump. Depois que assumiu o cargo em Janeiro, ele ordenou que o Pentágono elaborasse um plano para encerrar as atividades do EI.
A imprensa norte-americana repercute postura otimista em relação ao sucesso da operação pois, até o momento, o grupo já teria perdido 65% dos territórios que ocupava.
Para financiar a operação, houve um aumento da previsão orçamentária para a estratégia militar no país. Para o ano fiscal 2017/2018, Trump enviou ao Congresso uma proposta que prevê aumento de 10% nos recursos destinados à área de defesa. No ano fiscal 2016/2015, foram destinados US$ 596 milhões para o setor.
A aliança global contra o Estado Islâmico foi criada em 2014 e desde então se reúne anualmente. O encontro é visto pela imprensa norte-americana como uma oportunidade avaliar o desempenho do Secretário de Estado Rex Tillerson, ao debater um tema delicado que envolve vários países que, apesar de um objetivo comum, apresentam divergências.
A reunião está prevista para começar às 10h no horário local (11h, em Brasilia), e deve se estender até o fim da tarde.

Mais de 50 rebeldes largam milícias e se juntaram às Forças sírias em Damasco


Mais de 50 ex-''rebeldes'' tiveram seu estatuto resolvido com o governo e se juntaram às Forças sírias em Damasco no dia 21/03/2017.
As medidas foram tomadas pelo governo de Damasco, e assim os ex-rebeldes ganham o direito de se alistar ao Exército Sírio. É algo perigoso, pois muitos podem se corromper e vender informações ou desviar armamento, mas confiamos da decisão do Governo, e aos ex-rebeldes, que tomem vergonha e voltem a defender seu país!

Fonte: UM MILITAR DE CONFIANÇA QUE RESIDE NA SÍRIA

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terça-feira, 21 de março de 2017

Explicação da foto de Soldados americanos com bandeira da SS nazista


É normal ver essa foto que coloca em xeque mais uma vez as atitudes de soldados norte-americanos.
 A imagem mostra dez homens da Marinha dos Estados Unidos, devidamente armados e fardados, posando com uma bandeira dos EUA e outra com o símbolo da SS, possível referência reconhecida da Schutzstaffel, uma das tropas mais famosas do nazismo. A imagem foi produzida em Sanin, no Afeganistão, em setembro de 2010, mas acabou sendo divulgada na internet para o mundo todo. 
Em comunicado, o corpo de infantaria da Marinha condenou a imagem dizendo que a fotografia contendo um símbolo nazista é "inaceitável" e medidas a respeito já foram tomadas, mas deixou claro que nenhum dos soldados que aparecem na foto serão castigados. De acordo com o canal de televisão "Fox", os homens não teriam reconhecido bem o símbolo. Para eles, o desenho SS seria uma abreviação da palavra "Sniper Scouts" (atiradores batedores em uma tradução livre).
Os soldados fazem parte da base militar de Camp Pendleton, na Califórnia. Segundo a porta-voz da unidade, comandante Gabrielle Chapin, seus homens nunca tiveram a intenção de se associar a uma organização nazista. Ela explicou também que eles não serão punidos pois não foram intolerantes, mas ignorantes.
A Schutzstaffel (Tropa de Proteção, em português) foi formada originalmente em 1923 com apenas oito integrantes, mas acabou sendo abolida no mesmo ano e ressurgiu em 1925 com o objetivo de se encarregar da proteção pessoal de Hitler, além de cuidar dos eventos do Partido Nazista. Em 1936, a organização ganhou força e passou a contar com todo um exército próprio. Algum tempo depois, o grupo se fundiu com a polícia secreta nazista (Gestapo) e passou a ser responsável pelos campos de concentração.

Israel pretende atacar na Síria mais rotas de carga de armamento para o Hezbollah


O ministro da Inteligência de Israel, Yisrael Katz, disse que Israel pretende atacar na Síria rotas de carga para armamento do Hezbollah.
"Na sexta-feira, 17 de março, a Força Aérea israelense atacou uma coluna de automóveis que transportava uma remessa de armamento para o Hezbollah", afirmou o ministro durante a coletiva de imprensa no domingo (19)."
Na madrugada de 17 de março, quatro aviões da Força Aérea israelense foram atingidos por mísseis antiaéreos na Síria.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel vai continuar a agir para prevenir os fornecimentos de armas ao movimento libanês Hezbollah.
A organização Hezbollah, fundada nos anos 80, tem ajudado o governo sírio no seu combate contra os grupos terroristas, incluindo o Daesh (Estado Islâmico), proibido nos Estados Unidos, na Rússia e em outros países. Israel considera o Hezbollah como uma organização terrorista.
Israel teme que armas dadas para o Hezbollah sejam usadas futuramente contra seu país. 
Governo de Damasco não se pronunciou sobre essa notícia.  

segunda-feira, 20 de março de 2017

Morre aos 101 anos David Rockefeller, um dos maiores sionistas da história


Liderou o banco Chase Manhattan durante mais de uma década. 

Morreu esta segunda-feira, com 101 anos, o banqueiro e filantropo norte-americano David Rockefeller. Segundo o porta-voz da família, o banqueiro morreu em casa, em Pocantico Hills, Nova Iorque, durante a noite. David Rockefeller era filho de John D. Rockefeller Jr. e neto de John D. Rockefeller, fundador Standard Oil, a maior petrolífera dos Estados Unidos no final do século XIX e início do século XX. Era o multimilionário mais velho do mundo. -

Levou junto milhares de vidas inocentes, mortas pela ganância desse capitalismo selvagem e explorador. 
Em alguns países implantaram guerras em outros grandes impostos...tudo que possa imaginar para conseguir dinheiro esse homem e sua família patrocinaram.

Israel ameaça destruir sistemas de defesa aérea síria em caso de mais ataques


O ministro da Defesa israelense adverte que, em caso de ataque, Israel irá destruir os sistemas de defesa aérea síria.
Avigdor Lieberman, ministro da Defesa de Israel, citado pela rádio Kol Yisrael, ameaçou que, se as baterias dos sistemas de defesa aérea da Síria abrirem fogo mais uma vez contra aviões israelenses, elas serão destruídas.

Em 17 de março a Força Aérea de Israel atacou alvos no território sírio, tendo depois sido alvejada por mísseis sírios a partir do solo. 





Rebeldes perdem todo território conquistado em Damasco


Depois de intensos bombardeios, o Exército conseguiu recuperar, nesta segunda-feira, zonas de Damasco tomadas por rebeldes no domingo, segundo a rede de televisão estatal da Síria.
A recaptura durante a noite de domingo através de túneis subterrâneos foi a infiltração mais séria dos rebeldes na capital síria nos últimos anos. A filial da al- Qaeda na Síria e a facção independente Failaq al Rahman participaram do ataque.
Ao menos 26 combatentes pró-regime e 21 rebeldes ou yihadistas morreram nos combates de domingo, segundo Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O grupo de monitoramento com sede em Londres ainda não consegue indicar, no entanto, o número de vítimas dos bombardeios desta segunda-feira.
O Exército “recuperou o controle de todos os pontos que os terroristas haviam ocupado no domingo”, informou a televisão, citando fontes não identificadas. A reportagem mencionou outras declarações do embaixador russo em Damasco, dizendo que um dos edifícios dos postos diplomáticos foi atacado por um projétil durante os enfrentamentos.
As operações de domingo representaram um avanço dos rebeldes depois de meses de perdas constantes para as forças governamentais.
Damasco, que havia permanecido relativamente a salvo dos combates desde o inicio da guerra, sofreu recentemente uma série de atentados suicidas, como o ataque reivindicado pela frente Fateh al-Cham, que deixou 74 mortos.
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Uma nova ronda de negociações começará nesta quinta-feira em Genebra, junto com representantes da ONU, do regime de Bashar al-Assad e da oposição.
Todos os esforços diplomáticos, supervisionados ou não pela ONU, não permitiram, até o momento, encontrar uma saída para o conflito que assola a Síria há seis anos, com mais de 320 mil mortos e milhões de refugiados.

sexta-feira, 17 de março de 2017

"Não quero mais lutar" diz Rafael Lusvarghi, condenado a 13 anos de prisão na Ucrânia.


A entrevista foi realizada pelo programa da radio "Радио Свобода"(Radio Liberty).

De acordo Lusvargi, ele foi lutar em Donbass, porque desde a infância era um grande fã da Rússia, e pretendia estudar lá.

"Pela imprensa li que Donbass foi atacado por vários batalhões nazistas como "Aidar","Azov" e outros, então fui convidado por amigos para participar da defesa", disse 
Lusvargi.  
Rafael disse que as pessoas que lutaram contra a Ucrânia também cometeram crimes contra civis:
"Por exemplo, há um grupo do qual eu estou muito triste em ter conhecido, o batalhão "Viknig", Eu trabalhei com eles, quando eu estava nas primeiras Brigadas da "RPD". Eles estavam muito orgulhosos do que fizeram no aeroporto de Lugansk, mas foi bárbaro, Quando nós vencemos nossos inimigos, nós temos que respeitá-los."
Lusvargi também falou sobre a corrupção de alguns dos chamados "comandantes", acrescentando que eles vendiam não só armas ou ajuda humanitária, eles estavam vendendo a informação. "Quando fomos várias vezes para atacar o posto de controle da Ucrânia, eles já sabiam onde e como iriamos realizar o ataque"
Por sua vez, o brasileiro diz que não quer mais lutar: "Eu não quero participar das lutas, eu sou contra a guerra. É um desperdício de tempo e dinheiro"

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Força Aérea síria afirma ter abatido 2 caças israelenses


A Defesa Aérea da Síria derrubou um avião militar israelense e atingiu outro após quatro aviões terem violado o espaço aéreo do país, disse o Exército sírio na sexta-feira (17).
Hoje de manhã, um porta-voz das Forças de Defesa de Israel disse à Sputnik que os aviões da Força Aérea israelense tinham sido alvejados do solo depois de terem atacado várias posições no território da Síria.
"Nossos sistemas antiaéreos reagiram e derrubaram um dos aviões nos territórios ocupados. Outro avião também foi atingido e os restantes foram embora", disse o comando do exército em um comunicado obtido pela Sputnik.
O exército sírio destacou que suas instalações perto de Palmira foram alvo dos aviões israelenses.
Depois da declaração do Exército sírio, militares israelenses afirmaram que nenhum de seus aviões sofreu danos.
"Que nós saibamos, a segurança das aeronaves da Força Aérea israelense e dos cidadãos israelenses não foi comprometida em nenhuma das etapas", disse um representante do serviço de imprensa do exército de Israel à Sputnik.
O major-general do exército sírio Muhammad Abbas detalhou a situação:
"Hoje de manhã, às 02h40 [hora local. 21h40, horário de Brasília], de acordo com uma fonte militar, a aviação israelense invadiu o espaço aéreo sírio na região de al Barij e se dirigiu para leste, em direção a Palmira, para destruir instalações militares sírias. Afirmo com segurança que os mísseis do adversário não causaram nenhum dano em nosso território, eles não atingiram os alvos. Segundo a defesa antiaérea, um avião israelense foi abatido, outro foi atingido. Os restantes regressaram. O avião derrubado caiu na zona ocupada. Acredito que a Força Aérea israelense deve estar chocada pela reação operacional, eficaz e precisa do exército sírio em defesa de seu espaço aéreo. Nossos meios de defesa antiaérea podem detectar a aproximação do inimigo até no céu da Jordânia e pode atingir o alvo em qualquer lugar sobre a Síria."
Além disso, o chefe do serviço de imprensa do exército sírio, coronel Samir Suleiman, disse à Sputnik que quatro caças israelenses F-16 entraram o espaço aéreo sírio vindos do lado do Líbano, perto da cidade de Al-Nebek na região de al Barij.
Segundo o coronel, a Força Aérea síria reagiu à invasão e o caça israelense foi derrubado perto da fronteira jordana.
Samir Suleiman frisou que as ações da Síria em caso de ataques israelenses só poderão ser decididas pelo comando militar sírio.
FONTE: SPUTNIK

quinta-feira, 16 de março de 2017

Depois da Síria, a Líbia? Rússia planeja engajar na guerra da Líbia


Tanto no ponto de vista político como militar, a Rússia reforça seu engajamento na Líbia. Princípio declarado de Putin é colaborar com regimes fortes - como o de Assad na Síria -, por mais inescrupulosos que sejam.O desmentido veio rápido, depois de a agência de notícias Reuters ter noticiado a presença de 22 militares da Rússia numa base no Egito, perto da fronteira com a Líbia. "Não há forças especiais russas em Sidi Barrani, no Egito", declarou o Ministério da Defesa em Moscou.
A resposta do porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, foi semelhante: ele disse não ter "quaisquer informações" sobre tropas de seu país que tenham sido mobilizadas para o país árabe. A notícia original fora também confirmada por militares dos Estados Unidos.
Contudo, é inquestionável que o engajamento de Moscou na Líbia tem se reforçado nas últimas semanas. Por exemplo, dezenas de funcionários armados de uma empresa de segurança russa estiveram, até o fim de fevereiro, em territórios controlados por tropas do general líbio Khalifa Haftar.
Segundo o jornal Arab News, o proprietário da empresa de segurança confirmou a presença de soldados russos, mas se negou a revelar quem contratara seus funcionários e onde estes operavam.
Haftar combate os rebeldes jihadistas por conta própria e sem qualquer legitimação democrática, sobretudo os da milícia terrorista do "Estado Islâmico" (EI). Sabe-se que, na primeira metade de janeiro, ele visitou o porta-aviões russo Almirante Kusnetsov, que retornava das águas costeiras da Líbia para a Rússia. De lá, o general teria também realizado uma videoconferência com o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu.
Em meados de março, o consultor de Haftar, Abdelbasset Al-Basdi, encontrou-se em Moscou com o vice-ministro russo da Defesa, Mikhail Bogdanov. Segundo o ministério em Moscou, ambos teriam "concordado sobre a necessidade de iniciar um diálogo coletivo, do qual participem representantes de todos os grupos, tanto políticos como tribais".
Sem Assad, nada
Já no terceiro trimestre de 2016, num esboço estratégico da política externa russa, Moscou afirmava a intenção de seguir contribuindo para a estabilidade na região do Oriente Médio e Norte da África, dirigindo o foco "à superação político-diplomática de conflitos". Paralelamente, o documento sugeria uma estratégia bem diversa em outras regiões do planeta. "Hoje, dado o significativo aumento da dependência recíproca entre povos e Estados, as tentativas de promover segurança e estabilidade num território estrangeiro não têm qualquer futuro."
O engajamento na Síria, do lado do presidente Bashar al-Assad, mostra que consequências a Rússia tira dessa abordagem. O país tem uma concepção bem concreta do futuro direcionamento político da Síria. No entanto só ao lado de um parceiro é possível seguir essa estratégia: Assad. A ele somam-se outros aliados, em especial o Irã e o Hisbolá, que é comandado por Teerã. Aqui não se trata necessariamente de alianças duradouras. O esboço estratégico sugere, antes, coalizões de conveniência, delimitadas temporalmente, que também podem se desfazer assim que se alcancem as metas estipuladas.
"Colaborar com os fortes, por mais inescrupulosos que sejam"
Com esse posicionamento, Moscou está igualmente tirando uma lição da invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003. O governo do presidente George W. Bush a iniciou sem antes procurar um parceiro político in loco que o pudesse respaldar na futura reordenação do país. A fase pós-guerra transcorreu consequentemente caótica, e os efeitos das intervenções se fazem sentir até hoje.
O Kremlin vê com olhos igualmente críticos a política para o Oriente Médio do governo do presidente Barack Obama. Segundo Leonid Slutsky, presidente da comissão do Parlamento russo para assuntos externos, ela foi fracassada, "a impotência e a ausência de resultados são patentes".
Tudo indica que os russos pretendem ter aprendido com tais erros. Estados estrangeiros devem colaborar com regimes fortes, por mais inescrupulosos que estes sejam, teria declarado o presidente Vladimir Putin ao apresentar o esboço estratégico. De outro modo, o mundo presenciará "a destruição dos sistemas estatais e a ascensão do terrorismo".
Como na URSS
Ao mesmo tempo, contudo, após a queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. a Rússia também almeja se reafirmar como potência mundial. E nesse ponto vem alcançando êxito: segundo a revista americana Newsweek, nos últimos dois anos Putin teve 25 encontros com líderes políticos de nações árabes - cinco vezes mais do que Obama.
Grande parte desse balanço se deve ao engajamento na Síria, onde os russos testaram sua nova estratégia, afirma a analista política Randa Slim, do Middle East Institute, de Washington. As consequências são óbvias: "Todo líder político vai dizer: 'Talvez esteja na hora de reavaliar nossas relações com a Rússia'."
Os sinais são de que a Rússia está apenas começando com sua nova política para o Oriente Médio. De um estudo do think tank Stratfor consta que a expansão em direção à Líbia seria "apenas um elemento da estratégia muito mais ampla da Rússia de reforçar suas atividades no Mar Mediterrâneo meridional, criando uma zona de influência como nos tempos soviéticos".