quarta-feira, 16 de novembro de 2016

VÍDEO: Jornalista russo é morto por sniper na Síria


Um jornalista membro da Agência ANNA News foi morto por um sniper enquanto trafegava por uma estrada, o jornalista que estava como motorista foi atingido na cabeça.
ANNA News é a única imprensa internacional que filma no lado Pró-Assad.

ASSISTA AO VÍDEO:


terça-feira, 15 de novembro de 2016

Como poderá ficar a Síria com Trump na presidência dos EUA?


Quem Assad preferia, Hillary ou Trump?
Seria ruim para Bashar al Assad caso Hillary Clinton fosse eleita presidente. Com Donald Trump na Casa Branca, o cenário é um pouco mais complexo e talvez o líder sírio seja beneficiado pela eleição do republicano. Tanto que alguns de seus assessores celebraram a vitória dele. Ainda assim, o regime sírio deveria manter a cautela.

Qual a estratégia de Trump para a Síria na campanha?
Ao longo da campanha, Trump deu indicações de que não tem intenção de mudar o regime em Damasco. Inclusive, o futuro presidente avalia que Assad, apoiado pela Rússia, pode ser um aliado na luta contra o terrorismo. O republicano, com razão, alertou para os fracassos nas mudanças de regime levadas adiante por seus antecessores Bush, no Iraque, e Obama, na Líbia. Na visão de Trump, o Grupo Estado Islâmico, também conhecido como ISIS ou Daesh, e outros grupos rebeldes anti-Assad, como o Jeish al Islam (Exército do Islã) e a Frente de Conquista do Levante (antiga Frente Nusrah, ou Al Qaeda da Síria) são as maiores ameaças.

Qual a estratégia de Obama?
A estratégia de Obama de a CIA armar grupos rebeldes supostamente moderados seria suspensa. Já as milícias curdas talvez sigam sendo armadas, dependendo de como Trump se posicionará em relação à Turquia – será tema de outro post ainda nesta semana.

Por que Trump não quer bater de frente com Assad?
O presidente eleito, portanto, segue uma visão similar a alguns analistas que acompanham a Síria. Eu estou entre eles, embora me posicionasse contra Trump na eleição por questões não relacionadas à Síria. Também avalio, como o republicano, que Assad não deva ser o alvo neste momento. Sim, o líder sírio cometeu crimes contra a humanidade, segundo a ONU. Mas não há uma alternativa para removê-lo do poder sem aprofundar a Síria ainda mais no caos. Afinal, com todos os seus defeitos, Assad mantém a estabilidade nos principais centros urbanos da Síria. Já pensaram se a guerra chegar ao centro de Damasco? Seriam mais milhões de refugiados e a capital síria, quase intacta atualmente, a não ser pelos subúrbios, poderia virar uma nova Aleppo.

Qual era a estratégia de Hillary?
Hillary defendia o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea na Síria. Eesta talvez fosse uma alternativa razoável para quando a democrata ocupava o cargo de secretária de Estado, no começo da guerra, não agora. O conflito mudou nestes quatro anos. O que Hillary faria se um avião russo sobrevoasse esta zona? Iria abatê-lo, provocando uma escalada militar? O custo é enorme. Hillary também mantinha a intenção de bater de frente com Assad. Os EUA seriam sugados para o conflito sírio neste caso.

O vice Pence e outros republicanos discordam de Trump?
O problema é que Trump talvez seja convencido a mudar de postura. Seu candidato a vice, Mike Pence, propôs, no debate dos candidatos a vice, uma estratégia quase idêntica à de Hillary. Dentro do Partido Republicano, ainda há muitos intervencionistas que pressionarão Trump a se envolver mais no conflito sírio. Algumas nações, como a Arábia Saudita e talvez a Turquia, também tentarão convencer o futuro presidente a endurecer com Assad. Por outro lado, Sissi, do Egito, e Putin, na Rússia, atuarão de forma oposta, com o objetivo de convencer Trump a manter o foco apenas no ISIS. Israel terá outras prioridades (tema de outro post). E pesará muito a questão do Irã – será tema de outro post.

Com a vitória de Trump, e toda a glorificação que ele está recebendo, não podemos esquecer os ''podres'' dos EUA, e que qualquer líder que está no controle de um dos países mais importantes do Sionismo tem que ser questionado.  


terça-feira, 1 de novembro de 2016

Iraquiana sequestrada pelo Estado Islâmico foi vítima de "jihad sexual"



As iraquianas Nadia Murad Basee e Lamiya Aji Bashar foram algumas das centenas de mulheres escravizadas pelo grupo autodenominado Estado Islâmico.
Uma vez libertadas, elas se tornaram porta-vozes das vítimas da campanha de violência sexual empreendida pelos extremistas.
Na semana passada, Nadia e Lamiya receberam da União Europeia o importante prêmio Sájarov à Liberdade de Consciência.
Quando integrantes do grupo autodenominado Estado Islâmico (EI) invadiram a aldeia de Nadia Murad no Iraque, mataram todos os homens, incluindo seis de seus irmãos.
Nadia é da minoria étnica e religiosa yazidi, considerada "infiel" pelos extremistas do EI.
Ela e centenas de outras mulheres yazidis foram sequestradas, vendidas e passadas de mão em mão por homens que as estupraram em grupo. Foram vítimas do que o EI chama de "jihad sexual".
Nadia conseguiu fugir, mas acredita-se que milhares de mulheres continuem presas.
Nadia Murad está em Londres em campanha para chamar a atenção para seu povo.
O ataque
Em 3 de agosto de 2014, o EI atacou os yazidis em Sinjar, região no norte do Iraque próxima a uma montanha de mesmo nome. Antes disso haviam atacado locais como Tal Afar, Mosul e outras comunidades xiitas e cristãs, forçando a saída dos moradores.
"A vida em nosso vilarejo era muito feliz, muito simples. Como em outros vilarejos, as pessoas não viviam em palácios. Nossas casas eram simples, de barro, mas levávamos uma vida feliz, sem problemas. Não incomodávamos os outros e tínhamos boas relações com todos", contou Nadia ao programa HARDtalk da BBC.
Nesse dia, diz ela, 3 mil homens, idosos, crianças e deficientes foram massacrados pelo EI.
Alguns conseguiram fugir e se refugiar no monte Sinjar, mas a aldeia estava longe da montanha e o EI cercou as saídas.
Perseguidos pelo EI, os yazidis reverenciam a Bíblia e o Alcorão, mas grande parte de sua tradição é oral
"Rodearam a aldeia por alguns dias mas não entraram. Tentamos pedir ajuda por telefone e outros meios. Sabíamos que algo horrível iria acontecer. Mas a ajuda não chegou, nem do Iraque nem de outras partes."
Depois de alguns dias, o EI encurralou os moradores na escola da aldeia e ali seus militantes mantiveram homens, mulheres e crianças.
"Deram-nos duas opções: a conversão ao Islã ou a morte", disse Nadia.
Assassinatos, sequestros e estupros
Logo separaram os homens, cerca de 700. Levaram todos para fora da aldeia e começaram a baleá-los. Nove irmãos de Nadia estavam entre eles.
Seis dos irmãos de Nadia morreram ─ três ficaram feridos mas escaparam.
"Da janela da escola podíamos ver os homens sendo baleados. Não vi meus irmãos sendo atingidos. Até hoje não pude voltar à aldeia nem ao local da matança. Não há notícias de nenhum dos homens."
Segundo Nadia, meninas acima de nove anos e meninos acima de quatro anos foram levados a campos de treinamento.
"Depois levaram umas 80 mulheres, todas acima de 45 anos, incluindo minha mãe. Uns diziam que haviam sido mortas, outros que não. Mas quando parte de Sinjar foi liberada encontrou-se uma vala comum com seus corpos", conta.
Ao todo, 18 membros da família de Nadia morreram ou estão desaparecidos.
Nadia foi levada com outras mulheres. Havia cerca de 150 meninas no grupo, incluindo três sobrinhas dela.
Elas foram divididas em grupos e levadas em ônibus até Mosul.
"No caminho eles tocavam nossos seios e esfregavam as barbas em nossos rostos. Não sabíamos se iam nos matar nem o que fariam conosco. Percebemos que nada de bom iria ocorrer porque já tinham matado os homens e as mulheres mais velhas, e sequestrado os meninos."
Ao chegar ao quartel-general do EI em Mosul, encontraram muitas jovens, mulheres e meninas, todas yazidis. Tinham sido sequestradas em outras aldeias no dia anterior.
A cada hora, homens do EI chegavam e escolhiam algumas meninas. Elas eram levadas, estupradas e devolvidas.
Nadia percebeu que esse também seria seu destino.
Após fugir com ajuda de uma família muçulmana sem conexão com o EI, Nadia viaja o mundo chamando a atenção para o drama do povo yazidi.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

7 verdades sobre os EUA que não são ditas


1. O governo americano não gasta em saúde, e boa parte da população do país não tem acesso a planos de saúde.
Defender nossa ideia de SUS não é uma tarefa fácil. A despeito de sermos o último colocado dentre 50 países quando o quesito é “eficiência de sistemas de saúde”, ainda encontramos um tempinho para criticar os outros – em especial, aqueles que seguem um caminho diferente do nosso.
Apesar da ausência de um Sistema Único de Saúde propriamente dito, 85% dos americanos não podem contar com planos de saúde, sejam eles públicos ou privados. Dentre os 15% restantes, mais da metade possui uma renda superior aos US$ 34 mil anuais, o que os coloca definitivamente na classe média. Em suma, recebem por volta de R$ 112 mil e optam por não ter planos de saúde
2. Nos Estados Unidos não existem universidades públicas.Donos de 85 das 100 melhores universidades do mundo, os americanos ainda sofrem severas críticas pelo seu sistema de ensino. Ao contrário da Alemanha, por exemplo, não existem universidades públicas e gratuitas por lá. Isso não significa, porém, que não existam universidades públicas no país.
3. Americanos são o povo mais “egoísta” do mundo.Trabalhe, pense apenas em si e fique rico. A noção do “american way of life”, o estilo de vida americano, é muitas vezes deturpada para beneficiar esta visão de mundo do “nós contra eles”. Somos um povo alegre, generoso, ajudamos os vizinhos, damos bom dia no elevador. E eles? Todos de cara fechada, só pensando em dinheiro, não é mesmo?
4. Existem milhões de pessoas extremamente pobres nos Estados Unidos, e este número não para de crescer.
Denunciar as mazelas do capitalismo e “aquilo que a mídia não mostra” é uma das tarefas preferidas de árduos heróis do jornalismo em blogs e sites populistas (muitos deles financiados por doações de americanos). Dentre as citações preferidas, é bastante provável que você encontre a famosa tese de que “existem 39.1 milhões de americanos vivendo em extrema pobreza”.
5. Os americanos apoiam guerras.
Pegue uma calculadora ou ponha na ponta do lápis, some o gasto dos 10 países do mundo que mais gastam com defesa, e você verá uma estatística quase “surreal”. Sozinhos, americanos gastam mais da metade do orçamento militar das 10 nações mais ricas do planeta. Porém, boa parte desse dinheiro vai para exércitos de outros países ou forças rebeldes que os EUA apoia com armamentos.
6. Não existem direitos trabalhistas nos Estados Unidos.
Poucas coisas parecem tão sagradas no Brasil quanto as leis trabalhistas. Ouse questionar a lei de salário mínimo ou questões como previdência pública, seguro desemprego, férias remuneradas e décimo-terceiro, e você irá encarar a fúria do eleitorado. Em inúmeros países, no entanto, estas questões não são tão intocáveis assim. Não é muito diferente nos Estados Unidos. Apesar de ser o único país do ocidente a não possuir uma lei que obrigue a concessão de férias remuneradas, os americanos possuem um salário mínimo local de US$ 7,5 por hora, algo inexistente em países como Noruega, Suécia, Dinamarca ou Suíça, por exemplo.
7. Americanos invadem outros países em busca de petróleo.
Provavelmente o mais difundido dos mitos sobre os Estados Unidos é aquele que trata as invasões feitas pelo governo americano pela lógica usual de “conquista”. Ao longo da história, invasões tinham por princípio acumular riqueza. Ao contrário, as guerras atuais servem a outros propósitos, além de obedecerem aos lobbys de indústrias armamentistas no país.


terça-feira, 30 de agosto de 2016

Novorossiya e Junta de Kiev devem cessar fogo em Setembro


"Pedimos aos dois grupos em conflito que declarem um completo cessar-fogo para o início do ano letivo", declarou Boris Gryzlov, representante russo nas negociações de Minsk, segundo veículos de imprensa locais.

Na mesma linha, a Ucrânia chamou os insurgentes a cessar as hostilidades ao longo da linha de separação nas regiões de Donetsk e Lugansk.
"Todas as crianças de Donetsk e Lugansk, independentemente de seu lugar de residência, devem ter direito à proteção e segurança. É preciso deixar de disparar a partir de 1º de setembro", disse Daria Olifer, porta-voz da delegação ucraniana.

Olifer estimou em 150 mil as crianças que irão às escolas e creches só na zona controlada pelas forças governamentais ucranianas.
"A parte ucraniana cumpre com os Acordos de Minsk e pede à Federação Russa e aos separatistas  da Novorossiya que não descumpram seus compromissos e deixem de disparar a partir dessa data", acrescentou.
Nas últimas semanas, dezenas de soldados e milicianos rebeldes morreram em combates entre ambos os lados, em sua maioria nos arredores de Donetsk, principal reduto rebelde.
Só na última semana morreram 11 insurgentes, segundo admitiram hoje nesta sexta-feira representantes da autoproclamada república popular de Donetsk, que computaram em três as baixas civis na região sob seu controle.
Há algumas semanas, o pró-Rússia Igor Plotnitski, líder separatista de Lugansk, ficou ferido em um atentado com bomba, no qual Kiev negou envolvimento.
À atual escalada tensão contribuiram, sem dúvida, as acusações do presidente russo, Vladimir Putin, de que Kiev preparava uma campanha de atentados terroristas na Crimeia, península ucraniana anexada por Moscou em março de 2014.
Em resposta, o líder ucraniano, Petro Poroshenko, pôs em "máxima alerta de combate" as tropas ucranianas na fronteira administrativa com a península e na linha de separação em Donetsk e Lugansk.
As negociações de paz estão estagnadas, entre outras coisas, pela falta de acordo sobre as eleições nas zonas controladas pelos separatistas, já que Kiev exige garantias de segurança e a presença de observadores internacionais.
Além disso, a Ucrânia reivindica o controle da fronteira entre as regiões de Donetsk e Lugansk e o território russo, enquanto Moscou pede a Kiev que aprove antes uma lei que outorgue um status especial às zonas separatistas.


terça-feira, 23 de agosto de 2016

Bombardeio russo é feito em homenagem ao russo morto na Síria

Russos prestando suas homenagens ao piloto russo Oleg, morto na Síria.  

  Um bombardeiro Su-34 foi batizado em homenagem ao tenente-coronel Oleg Peshkov, o piloto russo que foi morto por terroristas na Síria depois de seu avião ter sido abatido por um caça turco em novembro de 2015, informa a agência Novosti.
"Vejo isso como um sinal de respeito por um homem verdadeiro, um patriota que amou o seu país e cumpriu honestamente o seu dever como militar e cidadão" – disse o antigo comandante de Oleg Peshkov, coronel Yuri Gritsaenko, que pilotará o recém-batizado Su-34.

Dez caças Su-34 atacam forças terrestres e aeródromos.
Na quinta-feira, os militares entregaram um presente (arma de distinção) à viúva de Oleg Peshkov, bem como a Ordem da Dedicação, postumamente concedida ao piloto pelo governo sírio.
Em 24 de novembro passado, um bombardeiro Su-34 russo foi abatido por um caça turco F-16 quando realizava uma missão antiterrorista na Síria.
Ambos os pilotos conseguiram se salvar, mas o comandante do avião, Oleg Peshkov, foi morto a partir do solo por militantes terroristas quando descia de paraquedas.
O segundo piloto Konstantin Murakhtin sobreviveu à descida e mais tarde foi salvo por uma equipe de resgate.
Oleg Peshkov foi condecorado postumamente com a Estrela de Ouro de Herói da Federação Russa.

Fonte: Sputnik Brasil: http://br.sputniknews.com/russia/20160819/6084551/peshkov-su-34-heroi.html 

domingo, 21 de agosto de 2016

Caça Saudita ataca 2 milhões de civis desarmados no Iêmen

Milhares de centenas de iemenitas nas ruas em apoio ao comitê revolucionário e contra a Arábia Saudita  

Sábado a maior manifestação do Iêmen foi registrada, com mais de 2 milhões de iemenitas tomaram as ruas da cidade de Sana'a (capital do País) para expressar seu apoio ao grupo Houthis e ao comitê revolcionário, que luta contra as forças repressivas do governo que lidera o país e as forças da Arábia Saudita, ao mesmo tempo, gritavam palavras de ordem repudiando a agressão Saudita dentro do território iemenita.
No vídeo gravado por um dos manifestantes você pode ver o momento em que caças sauditas bombardeiam perto de um grupo de manifestantes em uma tentativa de intimidá-los. No entanto, segundos depois, iemenitas como fortes e resistentes manifestantes continuam andando como se nada tivesse acontecido.
No sábado passado, o Parlamento iemenita deslegitimo, o presidente, Abd Rabo Mansur Hadi considerou a manifestação ilegal e de "tormento popular".
No mês passado Abd Rabo Mansur Hadi voltou um dia após ofensiva militar contra rebeldes.
Ele ficou em exílio na Arábia Saudita durante meses.
Depois de desembarcar na capital provincial, Hadi seguiu de maneira imediata para o palácio presidencial para "supervisionar" a ofensiva, que tem como objetivo reconquistar a província de Taez (sudoeste).
Os rebeldes ainda controlam províncias do norte do país, incluindo a capital Sanaa.
VEJA MOMENTO QUE CAÇA SAUDITA ATACA MANIFESTANTES DESARMADOS:

Fonte:
http://www.hispantv.com/noticias/yemen/285467/aviones-saudita-atacan-manifestacion-yemen-ansarullah

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

China pretende enviar 10.000 soldados para Síria

Exército chinês em treinamento

Dada a crescente ameaça terrorista, a China pretende endurecer a presença militar no conturbado Oriente Médio, com a implantação de 10.000 soldados na Síria ao lado das tropas de Bashar al-Assad e forças russas.

A questão do terrorismo marcou a agenda da cúpula de líderes da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), compreendendo a Rússia, China, Cazaquistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, realizada no final de junho, em Tashkent, a capital uzbeque.
” Especialistas chineses acreditam que a situação na Síria requer uma atenção especial dos Estados-membros da SCO, dada a grande ameaça representada pelo grupo terrorista EIIL (Daesh, em árabe) para a segurança do Paquistão, Afeganistão, China e Rússia , “informou o site web Southfront em um relatório publicado no domingo.
Nesta conjuntura, ” a liderança chinesa espera implantar a 10.000 soldados no Oriente Médio, enquanto aguarda a conclusão da construção da base chinesa em Djibuti , “disse o site.
No final de fevereiro, o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, coronel Wu Qian, anunciou o início da construção de infra-estrutura para uma base naval em Djibouti , o que seria o primeiro gigante asiático no exterior.
Esta base pode acomodar até aos 5.000 soldados chineses, que iria participar em operações em o Oriente Médio e Norte da África. Southfront estimou que se o Irã adere à SCO, China pode acessar bases logísticas adicionais na região.
Atualmente, Pequim implementou até 2.500 soldados nas missões de manutenção da paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Líbano, Sudão do Sul e Mali. “É claro que a China está se preparando para projetar seu poder militar na região”, disse a fonte.
Nos últimos anos, Pequim alinhou -se com Moscou e Teerã na crise síria, primeiro vetou as sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, e mais tarde apoiando-o abertamente contra as operações de terrorismo junto com Rússia em solo sírio.


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Assad: A coalizão anti-ISIS não quer que o Estado Islâmico acabe

Bashar al-Assad, presidente legítimo da Síria

A aliança de 60 países que declararam seus planos para derrotar o Estado Islâmica “não é séria” – disse o presidente sírio Bashar al-Assad a jornalistas russos. Vários daqueles países preferem manter por lá a força terrorista, para continuar a chantagear países da região – disse ele.
O volume de ataques aéreos feitos por estados membros da tal “coalizão anti-ISIS”, alguns dos quais são países “ricos e avançados”, não passa de dez raids por dia sobre territórios da Síria e do Iraque – disse Assad em entrevista publicada na 6ª-feira (27/3/2015).
A Força Aérea da Síria, que é muito pequena se comparada à tal “coalizão”, faz, num único dia, de cinco a dez vezes mais ataques aéreos contra o ISIS, que a “coalizão” que reúne forças armadas de 60 países – disse Assad.
Não faz sentido. Só mostra seriedade zero – disse o presidente sírio. – E mostra também que a “coalizão” não quer acabar completamente com o ISIS.
Não se vê nenhum esforço sério na luta contra o terrorismo. O que as forças sírias conseguem em campo num dia, é mais do que a tal “coalizão” de 60 países consegue em semanas! disse Assad. Que sentido haveria numa coalizão antiterrorismo, formada de países que, eles mesmos, financiam e apoiam terroristas?!
O Presidente da Síria também alertou que a decisão de mandar para a Síria tropas “mantenedoras” da paz é inaceitável e poderá ter consequências perigosas. Se essa medida chegar a ser implementada, significará reconhecer o Estado Islâmico.
Forças para manter a paz são enviadas para regiões entre países que estejam em guerra. Quando alguém fala de enviar tropas “de paz” para lidar com o Estado Islâmico, equivale a reconhecer que o EI seria um estado, em guerra com outro estado. Essa retórica é inadmissível e muito perigosa – disse o presidente Assad.
O presidente sírio disse que o ocidente não tem solução política a oferecer para a crise na Síria. O único interesse do ocidente naquela região é derrubar o governo sírio.
Querem nos converter em fantoches, em vassalos. Minha opinião é o ocidente não tem qualquer solução política a oferecer. Não tem nem quer ter. E quando digo “ocidente”, refiro-me basicamente aos EUA, à França e à Grã-Bretanha. Todos os demais países são acessórios.
Para pôr fim ao conflito armado em curso na Síria, entre o exército sírio e militantes internacionais, países como a Turquia, a Arábia Saudita, o Qatar e alguns países europeus deveriam parar de fornecer armas para terroristas – disse o presidente da Síria.
O presidente sírio disse a jornalistas russos que Damasco não tem qualquer contato direto com os EUA nem está participando de qualquer tipo de discussões.
Recebemos algumas ideias passadas até nós por terceiros, mas nada que se possa considerar como diálogo sério – disse Assad, acrescentando que a única opção que resta ao seu país é esperar que mudem as políticas norte-americanas.
Na análise do presidente sírio, há dois grandes campos políticos nos EUA – um grupo que deseja a paz e outro, mais radical e agressivo. O primeiro é “uma minoria”, e o outro é quem manda na política externa do país.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Exército russo cessa-fogo diário de 3 horas ao redor de Aleppo


O exército russo anunciou nesta quarta-feira (10) em Moscou que irá suspender seus ataques todos os dias durante três horas a partir de quinta-feira nos arredores de Aleppo, cidade síria que se tornou o epicentro dos combates entre o regime e os rebeldes.

"A fim de garantir a segurança das colunas (de veículos) que entram em Aleppo por meio da janela humanitária vão ser suspensas todas as atividades militares, ataques aéreos e tiros de artilharia. Essa pausa será observada das 10h às 13h locais", anunciou o general Sergueï Roudskoï durante uma coletiva de imprensa.
"Nos últimos quatro dias, as perdas dos rebeldes no sudoeste de Aleppo chegaram a mais de mil mortos e dois mil feridos", acrescentou, chamando aqueles que desejam se render a ir a um dos "sete corredores humanitários" estabelecidos pelo regime de Damasco e seu aliado russo.
As forças de Bashar al-Assad estão se preparando para uma batalha crucial contra os rebeldes pelo controle da segunda maior cidade da Síria, localizada no norte do país.
Ambos os lados têm recebido reforços significativos em homens e armas em Aleppo e seus arredores, depois que os rebeldes quebraram no sábado o cerco imposto pelo regime às zonas sob controle rebelde na cidade dividida desde 2012.
Aproveitando esta contra-ofensiva, os rebeldes cercaram parcialmente os bairros pró-regime em Aleppo, antes de anunciar a sua intenção de tomar toda a cidade, no que seria o maior desafio do conflito que devasta o país há mais de cinco anos.
Ajuda humanitária
Centenas de milhares de civis estão bloqueados em Aleppo, sofrendo com a escassez de alimentos e produtos básicos, o que levou a ONU a alertar para a situação.
Na terça-feira, os Estados Unidos e a França exigiram que a ajuda humanitária chegue a Aleppo antes de novas negociações de paz, de acordo com informações coletadas depois de uma reunião do Conselho de Segurança.
Durante a sessão fechada, a Rússia afirmou, por sua vez, que não deve haver nenhuma pré-condição para tais negociações, enquanto a ONU espera retomar as discussões no final do mês.
O conflito na Síria já fez mais de 290 mil mortos, levados a fugir mais da metade da população e provocou uma grave crise humanitária.


quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A situação atual e estratégias em Aleppo (AGOSTO 2016)


A situação de uma das maiores cidades da Síria, Aleppo, tomou um rumo dramático nos últimos meses, como as tropas do governo em muitos bairros da cidade e as forças rebeldes ainda conseguem aproveitar a rota de abastecimento, esta rota de fornecimento de outra forma está em vigor desde 2013.
Aleppo foi apelidado de "a mãe de todas as batalhas" com boa razão" - cerca de 5.000 a 12.000 combatentes foram alinhados por Jaish al-Fateh e Fatah Halab para a ofensiva Aleppo sudoeste, completamente esmagadora do Exército Árabe Sírio (SAA).
Embora facções extremistas islamistas definitivamente sofreram grandes baixas através da linha defensiva do Exército Sírio no sudoeste de Aleppo, os terroristas ainda estão para garantir um caminho seguro o suficiente para eles para chegar em areas "seguras" no lado oriental de Aleppo, os rebeldes islâmicos a cruzam os distritos de Aleppo através de túneis e portas improvisadas no distrito Ramouseh que é inteiramente sob controle dos grupos terroristas Jaish al-Fateh e Fatah Halab..
Enquanto isso, o exército sírio criou uma via de abastecimento ao longo do eixo Castello-Bani Zaid, que fica no norte de Aleppo. Aonde caminhões de abastecimento agora são capazes de passar; No entanto, a linha de alimentação em si permanece perigosamente estreita.
Enquanto na necessidade urgente de alargar a sua própria linha de abastecimento do norte, os comandantes do exército sírio em Aleppo também deve priorizar recapturar áreas perdidas no sudoeste de Aleppo que efetivamente assediam as forças rebeldes de Aleppo mais uma vez.
Para facções islâmicas, a batalha por Aleppo representa uma importante zona estratégic. Se o exército sírio capturar inteiramente Aleppo, isso levaria a uma ofensiva do governo inevitável para o oeste através do continente Jaish al-Fateh.

Fonte: al-Masdar News um dos sites sírios reconhecidos pelo governo sírio. Link: https://www.almasdarnews.com/article/understanding-battle-supply-lines-aleppo-city-map-update/ 

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Israel ataca marcha palestina contra fechamento de uma igreja



Israel ataca marcha palestina contra a confiscação de uma igreja
Militares israelenses atacaram no último sábado(6) manifestantes palestinos que protestavam contra a confiscação de uma igreja, os soldados deixaram ativistas feridos.
Enquanto isso, dezenas de palestinos se reuniram pacificamente no sul da Cisjordânia (que é ocupada por Israel), a fim de condenar os planos de Israel de construir assentamentos nas imediações da igreja Bayt al-Baraka. 
Segundo Israel o motivo do "ataque" foi por causa que os manifestantes ultrapassam limite imposto pelos soldados.  
A igreja mencionada situa-se no campo de refugiados do norte de Al-Arroub, entre as cidades de Al-Khalil (Hebron) e Beit Lahm (Belém).
Fonte: Hispan TV.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Conheça o jogador iraquiano que teve sua vida destruída pelo ISIS

Foto de Ayman Hussain em 2016



















Em 2014 terroristas do Estado Islâmico se dirigiu a casa de Ayman Hussain (iraquiano e jogador de futebol) Dezoito meses mais tarde, ele ingressou na equipa de futebol do Iraque para os Jogos Olímpicos.
Hussain chutou o gol da vitória contra o Qatar em um jogo de qualificação, unindo os iraquianos em um raro momento de triunfo e tornar-se uma celebridade nacional. Mas sua viagem ao Brasil foi marcada pela mesma violência e deslocamento que destruiu a vida de muitos de seus fãs.
Hussain e sua família fugiram de sua casa em uma aldeia nos arredores da cidade de Kirkuk (que o Daesh conquistou no verão de 2014). Seu irmão, que trabalhava no corpo da polícia local, foi sequestrado pelos extremistas e não foi mais encontrado desde então.
"Ninguém realmente sabe a história de exatamente o que aconteceu com ele", disse Hussain, acrescentando que ele ainda mantém a esperança de que seu irmão está vivo. Ele também disse que sua casa de sua família foi demolida, e sua mãe e irmãos encontraram refúgio com outra família de Kirkuk, enquanto Hussain jogava com sua equipe em Bagdá. Seu pai foi morto em um ataque de 2008 em Bagdá, reivindicado pela Al-Qaeda no Iraque.
"Esta não é a primeira história que minha família é afetada pelo terrorismo e provavelmente não será a última."
O tímido de 23 anos de idade ainda está chegando a um acordo com a sua nova fama. Durante uma prática recente com o seu clube local em um pedaço de grama amarelecimento em um complexo esportivo de Bagdá, ele fez uma pausa para deixar um fã dar uma selfie com ele como seus companheiros de equipe gentilmente brincou ele.
"Eu nunca pensei que um sonho(ser jogador de futebol) causaria tanta felicidade", disse Hussain.
Como a maioria dos iraquianos, Hussain cresceu jogando futebol, mas nunca pensou que iria fazer uma carreira fora de seu país. Isso mudou quando o treinador de sua equipe local viu ele jogando em um parque, e mais tarde pediu-lhe para substituir um jogador lesionado. Ansioso para ajudar a sustentar sua família após a morte de seu pai, ele aproveitou a oportunidade.
Hussain continuou a jogar durante a turbulência mais recente de sua família. "Se eu deixar o futebol, nada mudaria.", disse ele. "Eu ainda agradeço a Deus por minha situação. pois tenho paredes em volta de mim ... Muitos dos iraquianos deslocados estão vivendo em tendas ".
A vitória do time de futebol sobre Qatar melhor-financiado tornou-se um jogador ponto de orgulho todo o país. Camisas da equipe estão entre os itens mais populares vendidos no mercado sportswear, principal loja esportiva de Bagdá, e os jogadores voltaram para uma recepção como herói, e ainda foi recebido pelo primeiro-ministro, Haider al-Abadi.
Hussain encolhe os ombros quando ele conta a história.
Ele está mais animado sobre a viagem deste verão para o Brasil.
"Eu nunca irei deixar o Iraque, exceto para viagens com a equipe de futebol", disse ele. "Eu só sei sobre o Brasil através do YouTube e TV. Eles dizem que é famosa por suas praias e mulheres ", acrescentou com uma risada tímida.

domingo, 7 de agosto de 2016

Ataque israelense em Gaza deixa 408 crianças mortas, diz Unicef

Os bombardeios do Exército de Israel em Gaza deixaram 408 crianças mortas e 2.500 feridas, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que calcula em 370 mil o número de menores que necessitam urgentemente de ajuda psicológica.
"O número de crianças assassinadas durante a operação militar superou o de crianças mortas durante a operação Chumbo Fundido", a última ofensiva israelense em Gaza, entre 2008 e 2009, na qual 350 menores morreram, afirmou Pernille Ironside, chefe do Unicef em Gaza.
"A ofensiva teve um impacto catastrófico e trágico nas crianças. Se levarmos em conta o que esses números representam para a população de Gaza, é como se tivessem morrido 200 mil crianças nos Estados Unidos",
Ironside ressaltou que não há eletricidade e que os sistemas de água potável e saneamento não funcionam, por isso o perigo de doenças transmissíveis e de diarreia -- que pode ser fatal em menores de cinco anos -- é iminente.
"É preciso se levar em conta o tamanho da faixa de Gaza, são 45 km de comprimento por entre 6 km e 14 km de largura. Não há uma só família que não tenha sido diretamente afetada por alguma perda", disse.
"A destruição é total. Usaram armamentos horríveis que provocam terríveis amputações. E isso se passou na frente dos olhos das crianças, que viram morrer seus amigos e seus pais", afirmou a funcionária.
Por isso o Unicef calcula que 370 mil crianças necessitarão ajuda psicológica para superar o trauma.
"Levemos em conta que uma criança que tem sete anos já passou por três ofensivas, a de 2008-2009, a de 2012 e a de agora. Imaginem o impacto que isso pode ter tanto nas crianças menores como nas quais já entendem o que isso significa", afirmou.
A Unicef, ONU e outros  defensores dos direitos humanos já afirmaram as atrocidades que Israel faz em Gaza, mas nenhuma medida foi tomada. Até quando isso durará?  


terça-feira, 2 de agosto de 2016

Em vídeo membro do ISIS ameaça matar Vladimir Putin


Um vídeo gravado na Síria por jihadistas do Estado Islâmico foi postado ontem nas redes sociais, com ameaças ao líder russo, Vladimir Putin, dizendo: "Ouça Putin iremos para a Rússia matá-lo em sua casa. Se Deus quiser!
Irmãos matá-los e combatê-los (se refere o terrorista aos russos)!"

Nem Vladimir Putin, e nem as forças de seguranças da Rússia se pronunciaram sobre o vídeo até o momento.
O motivo do vídeo pode ser efeito das grandes baixas e perdas no Estado Islâmico causado pelos diversos ataques da Força Aérea Russa que atua na região com autorização do Governo Sírio desde 2015, e até o momento mostrou ser de grande eficiência e importância. 

ASSISTA AO VÍDEO:



domingo, 31 de julho de 2016

Nasrallah: A mente dos sauditas é a mesma que a do DAESH e Al-Nusra.

Hassan Nasrallah, líder geral do Hezbollah

Líder geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, descreveu a situação atual dos governos árabes como "o pior momento dos últimos cem anos", referindo-se a fraca posição árabe sobre a relação da Palestina e outras questões importantes para do Oriente e das nações árabes.
Em um evento popular em homenagem a um líder da Resistência libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que a Arábia Saudita tem relações secretas com os inimigos sionistas e com isso apoia o caos entre os árabes sem receber nada em troca, assim matando seus irmãos palestinos e árabes.
A prova disso é que fez o regime saudita apoiar e legalizar a ocupação da Palestina.
Hassan Nasrallah ainda disse que mesmo com poucas uniões irá manter a posição e não vai mudar: "a ocupação da Palestina deve ser condenada ".
O regime saudita "abre uma porta larga" com a entidade sionista, ao alimentar todas as guerras na região e rejeita qualquer diálogo no Iêmen, Bahrein e Síria, nega negociações com o Irã, disse Nasrallah, que acrescentou que "os governantes(sauditas) são iguais aos grupos terroristas "Daesh" e Frente al-Nusra, usem nomes diferentes.
Hassan Nasrallah aconselhou que Al Saud(casa real no poder na Arábia Saudita) deve aproveitar a oportunidade e iniciar um diálogo para acabar com as várias crises na região, ou de outra forma, se eles insistem nesse plano devastador "serão derrotados".

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Al-Nusra na Síria anuncia ruptura com Al-Qaeda

Imagem divulgada na quinta (28) pela Al-Manara al-Bayda, o braço oficial de notícias da Frente Al-Nusra, de Abu Mohammad al-Jolani. Esta é a primeira foto já divulgada dele

O chefe da Frente Al-Nusra, Abu Mohammad al-Jolani, anunciou que seu grupo está rompendo seus vínculos com a rede Al-Qaeda, durante uma aparição inédita em uma gravação difundida nesta quinta-feira (28) pelo canal de televisão Al Jazeera.
"Agradecemos aos comandos da Al-Qaeda por terem entendido a necessidade de romper nossos vínculos", indicou o chefe do segundo principal grupo jihadista atuante na Síria, destacando que esta decisão "visa a proteger a revolução síria".
Ele também anunciou que seu grupo "já não operava sob o nome de Frente Al-Nusra", referindo-se à "criação de uma nova entidade, a Frente Fateh al-Sham (Conquista da Síria em árabe)".
Igualmente disse que o grupo "não terá qualquer vínculo com partidos estrangeiros".
Esta foi a primeira vez que al-Jolani exibiu o rosto. O homem, de aparência jovem, vestia trajes militares, com uma barba negra, sorridente e um turbante na cabeça.
'Garantia de futuro'
Mais cedo, a rede Al-Qaeda montou o palco para tal ruptura, que já se anunciava em meio a especulações que circulavam na internet há dias.
"Nós apelamos ao comando da Frente al-Nusra a avançar (no anúncio da ruptura) para proteger os interesses do Islã e dos muçulmanos e para proteger o povo da Jihad na Síria", anunciou o xeque Ahmad Hassan Abu el-Kheir em uma gravação de áudio divulgada na internet.
"Pedimos que adotem as medidas necessárias", continuou, referindo-se ao possível anúncio desta ruptura.
"Nossos irmãos que conduzem a Jihad na Síria tornaram-se uma força que não pode ser subestimada", acrescentou, em referência à Frente Al-Nusra, o maior grupo extremista na Síria depois de seu grande rival, a organização ultrarradical Estado Islâmico (EI).
Nos últimos dias, especulações circularam na internet com simpatizantes dos jihadistas e observadores evocando a possibilidade do anúncio de que Al-Nusra cortaria os laços com a rede fundada por Osama bin Laden.
Classificada como grupo "terrorista" por Washington, a Frente Al-Nusra tem sido alvo frequente dos ataques da coalizão liderada por Washington, mas em menor escala em comparação com EI.
O grupo tem sido atacado principalmente desde setembro de 2015 pela Rússia, aliada do regime sírio de Bashar Al-Assad.
Mas Washington acusa Moscou de visar igualmente durante estes ataques os rebeldes moderados, o que os russos negam.
A divulgação da gravação de áudio da Al-Qaeda acontece uma semana depois de um acordo entre os chefes da diplomacia russa e americana, Sergei Lavrov e John Kerry, sobre a luta conjunta contra a Frente Al-Nusra e o EI.
O especialista em grupos jihadistas Charles Lister tuítou esta semana que o objetivo da Al-Nusra era se proteger uma possível campanha russo-americana, de "se enraizar ainda mais na revolução síria e garantir o seu futuro a longo prazo".
Aliada dos rebeldes
A Frente Al-Nusra surgiu oficialmente em janeiro de 2012, dez meses após o início da revolta pacífica contra o regime de Bashar al-Assad, reprimida de forma sangrenta, que se transformou em um conflito devastador.
Em abril de 2013, a Frente Al-Nusra jurou lealdade ao líder da Al-Qaeda Ayman al-Zawahiri. Em novembro do mesmo ano, este último proclamou esta organização como a única filial da Al-Qaeda na Síria.
A grande diferença entre a Frente Al-Nusra e o Estado Islâmico é o fato de que a primeira se aliou a grupos rebeldes que lutam contra as tropas de Assad e construiu um apoio popular, enquanto o EI combate qualquer um que não se submeter as suas ordens.
Com a Al-Qaeda na Península Arábica (Aqap) e a Al-Qaeda no Magrebe (Aqmi), a Frente Al-Nusra é também um dos mais poderosos membros da rede e que tem sido ofuscada nos últimos anos pelo avanço do EI.
Al-Nusra é aliada dos rebeldes na província de Aleppo (norte), mas especialmente na de Idleb (noroeste), sob a coalizão Fatah al-Jaich (Exército da Conquista).
O grupo não controla nenhum território exclusivamente, mas domina Idleb, de onde expulsou o exército do regime em 2015 com os insurgentes.
Formada principalmente por combatentes sírios, ao contrário do EI, a Frente Al-Nusra, no entanto, difere da rebelião pelo seu desejo de um emirado islâmico na Síria.
Muitos rebeldes sírios se uniram às suas fileiras, atraídos por seus recursos financeiros e a sua melhor organização.


quinta-feira, 28 de julho de 2016

Países europeus enviam armas para Arábia Saudita e Turquia e acabam nas mãos de terroristas


Países do centro e leste europeu exportaram desde 2012 armas e munições avaliadas em 1.200 milhões de euros, na sua maioria para a Arábia Saudita e Turquia, e parte delas terminou nas regiões em conflito da Síria e Iraque.
Os media de Belgrado revelaram os resultados do estudo promovido pela Rede de investigação do crime organizado e a corrupção (OCCRP), um consórcio de centros de investigadores e media do leste da Europa e Ásia central, e pela Rede de Investigação Balcânica (BIRN).
A Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Croácia, República Checa, Eslováquia, Montenegro, França, Alemanha, Sérvia e Roménia firmaram com a Arábia Saudita a maioria destes acordos de exportação de armas e munições num valor de 829 milhões de euros, indica a investigação.
Nesse período, também foram exportadas armas num valor de 155 milhões de euros para a Jordânia, de 135 milhões de euros para os Emirados Árabes Unidos, e de 87 milhões de euros para a Turquia.
O estudo sugere que parte considerável deste material foi enviada para grupos guerrilheiros na Síria e outros países em conflito no Oriente Médio.
"Os quatro países recetores são os principais fornecedores de armas à Síria e Iémen, com pouco ou nenhum historial de compra na Europa central e de leste antes de 2012. E o ritmo e as entregas não estão a desacelerar, com alguns dos maiores acordos a serem aprovados em 2015", assinala a investigação.
Segundo os autores, este trabalho jornalístico decorreu durante um ano, sendo analisados dados sobre exportação de armamento, relatórios das Nações Unidas, registos de voo e contratos para a venda de milhares de armas automáticas, granadas de morteiro, armas antitanque e metralhadoras pesadas.
O estudo refere-se à existência de provas de que parte desse armamento termina na Síria e nas mãos de milícias responsáveis por numerosas atrocidades.
O BIRN e o OCCRP também reuniram provas sobre pedidos de grandes quantidades de armas antigas da época soviética e da ex-Jugoslávia, como espingardas automáticas AK-47 (Kalashnikov), metralhadoras pesadas e explosivos.
Segundo os peritos consultados, estas armas não são compatíveis com os equipamentos militares árabes adquiridos no ocidente, e possivelmente são "desviados" para a Síria, e em menor medida para o Iémen e Líbia.
A investigação, ao citar especialistas, também assinala que o fornecimento de armas a grupos suspeitos de crimes de guerra questiona a legalidade deste comércio.
Patrick Wilcken, especialista em tráfico de armas da Amnistia Internacional (AI) considera que as provas do BIRN e do OCCRP indicam "o desvio sistemático de armas para grupos acusados de violações graves dos direitos humanos".
O embargo à exportação de armas à Síria foi levantado em 2013 por pressão da França e Reino Unido, com o argumento de fornecer armamento às forças da oposição que se opõem ao regime (de Presidente Bashar al-Assad) e terroristas que a eles se unem.
"Mas enquanto os países balcânicos e europeus fecharam a rota dos refugiados, prossegue o envio de armas por avião e barco para o Médio Oriente, uma atividade muito lucrativa", resume o documento.
Fonte: http://www.jn.pt/mundo/interior/armas-do-leste-europeu-acabam-na-guerra-siria-via-arabia-saudita-5310966.html#ixzz4FjVeYVR3

quarta-feira, 27 de julho de 2016

ONU denuncia Forças de Kiev por possíveis crimes de guerra


A ONU denunciou na última quinta-feira(21) um relatório sobre execuções sumárias de civis e bombardeios indiscriminados em bairros residenciais no leste da Ucrânia, executados pelas "Forças de Kiev", atos que poderiam constituir "crimes de guerra".
Os atos examinados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OACDH) foram cometidos entre janeiro de 2014 e maio de 2016 no leste ucraniano, onde a guerra já deixou mais de 9.400 mortos em dois anos e meio.
No relatório, o OACDH reporta a "execução de soldados rendidos pelas Forças Armadas ucranianas". Também cita "um número considerável de supostas execuções sumárias e assassinatos de civis que não participavam nas hostilidades".
"O assassinato de civis, de trabalhadores da área de saúde ou religiosos, ou de qualquer pessoas que não participe ativamente nas hostilidades, é reconhecido como um crime de guerra", recordou a ONU.
O relatório da ONU também acusa os lados beligerantes de bombardeios contra zonas residenciais com foguetes e obuses altamente imprecisos, cujo uso em áreas urbanas é particularmente destrutivo.
Agora, com a ajuda da ONU, talvez o mundo enxergue as aberrações que as forças de Kiev fazem na Ucrânia.  

segunda-feira, 25 de julho de 2016

(+18) Síria oficializa morte de mais de 100 civis vítimas do bombardeio francês +FOTOS

Foto do bombardeio francês

Na última semana aconteceu o ataque horrendo na cidade francesa de Nice e na Síria um atentado vinda da Força Aérea Francesa , um país membro da coalizão anti- ISIS intensificou o bombardeio do território controlado por ISIS .
A campanha de bombardeio de retaliação resultou em um alto número de vítimas civis em Manbij densamente povoada . Estimativas mais baixas indicam o número de vítimas civis chegam a mais de 100 , enquanto as mais altas estimativas fornecidas por fontes locais deram uma figura de 300, a maioria dos quais eram mulheres e crianças .
Enquanto as mortes de civis não são alheias às guerras urbanas , a Força Aérea Francesa não é estranho à natureza vingativa. Após os ataques terríveis reivindicadas pelo ISIS em Paris , a Força Aérea Francesa bombardeou uma escola iraquiana em Nínive massacrando 36 crianças , de acordo com fontes locais.
A seguir vemos fotos das vítimas da Força Aérea Francesa na Síria:
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