quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Os Judeus no Brasil



Os judeus são mundialmente conhecidos pela sua ligação ao comércio e à indústria, que sabe "manejar bem" o dinheiro.

Os reis de Portugal receberam elevadas taxas e impostos dos judeus por cada navio construído e lançado ao mar. Desse modo, a prosperidade dos judeus ajudou o imperialismo português a difundir-se.

O intérprete Gaspar de Gama, o cartógrafo e bussolista Jacome de Molharca, o astrônomo Abran Azcuto e o navegador Juha Cresques foram todos mestres de Sangre, em Portugal.

Foi Gaspar Gama, judeu de origem polonesa, quem alertou os judeus batizados no cristianismo sobre a importância que o território brasileiro poderia ter em suas vidas.

Os judeus batizados no cristianismo, ou os "Cristãos Novos", eram encabeçados por Fernando de Loronha, possivelmente espanhol, que, em 1498, recebeu carta de privilégio de cidadão de Lisboa. Enriqueceu-se no negócio de especiarias e obteve monopólio do corte e da exportação do pau-brasil nos primeiros tempos, antes das Capitanias. Seu nome, ligeiramente alterado, ainda persiste na ilha próxima à costa do Brasil, o atual território Fernando de Noronha. Uma péssima homenagem à um judeu que é famoso graças exploração exagerada de matéria-prima nacional.

O símbolo da integração dos "cristãos-novos" com a população local foi o casamento de João Ramalho, herói da colonização, com a índia Bartira, filha do poderoso cacique Tibiriçá. apesar de João de Ramalho nunca se declarar judeu, sempre negou a praticar o cristianismo.

No Brasil colonial, os judeus usaram sua "esperteza", assim muitos se apresentavam como "cristãos novos" ou "homens da nação", mas se conservavam na sua religião hebraica, assim preservando seu lado sionista. Para eles, o batismo era uma proteção e uma facilidade para suas relações comercias e intelectuais, permitindo-lhes encher, como bacharéis a doutores, as cátedras da Universidade de Coimbra e a magistratura do país. Coimbra chegou a ser segundo João Lúcio de Azevedo um "covil de heréticos", tal era o número de judeus dentro das batinas dos estudantes ou das becas dos professores. Também muitos eram médicos e boticários.

A profissão universitária constituiu dentro do campo de preferência judia por muitos anos.

O comércio de Barganha foi o início das atividades dos judeus no Brasil. Não eram propriamente mascates, mas também mercadores, concentrando em suas mãos o comércio e a indústria da madeira.

Em 1637, Maurício de Nassau foi nomeado governador do Brasil Holandês, que por ele foi feita a estimulação da vinda de judeus da Holanda para exercer várias atividades no Brasil, sobretudo o comércio de ultramar. Assim, deu-se a primeira estruturação das comunidade judaica no Brasil, com duas sinagogas no Recife, uma escola e um cemitério.

Com a saída dos holandeses, em 1654, a vida dos judeus no Brasil se tornou um pouco mais difícil, as relações comerciais definharam e muitos judeus abandaram o país embarcando para colônias holandesas no Suriname e Curaçau. Muitos desses judeus, ou "cristãos novos", se encontravam no Norte e Nordeste do Brasil, muitos tinham se mudado para Rio de Janeiro e São Paulo, estados aonde já havia grande movimentação da comunidade judaica.

A primeira loja maçônica(aonde os fundadores eram "cristãos novos", ou judeus que fingiam ser cristãos) fundou-se na Bahia em 1807, e em 1822 a primeira comunidade religiosa judaica no Brasil, em Belém do Pará.

Judeus marroquinos fixaram-se na Amazônia, explorando e comerciando seringais. Outros judeus do Oeste europeu se fixaram no Rio de Janeiro e em estados vizinhos, dedicando-se ao comércio. Do Rio e de Belém espalharam-se para todas as regiões do Brasil.

Entre 1920 e 1930, entraram no Brasil cerca de 30 mil judeus, foi tão grande o fluxo migratório que na década de 80 havia cerca de 170 mil judeus no país, sendo mais de 70 mil só em São Paulo e cerca de 60 mil no Rio de Janeiro, de resto se difundiram-se em Recife, Salvador, Curitiba, Belo Horizonte, Niterói, Nilópolis, Petrópolis, Campos, Juiz de Fora, Santos, Campinas, Sorocaba, Franca, Ponta Grossa, Passo Fundo, Pelotas Santa Maria, Cruz Alta, Santana do Livramento e Uruguaiana, nas cidades nordestinas como de Fortaleza e Maceió foi instalada apenas algumas famílias judaicas.

 No comércio, uma modalidade introduzida pelos judeus é a venda a prestações, técnica usadas por eles até nos dias atuais, os judeus são também conhecidos como credores de dinheiros ou usurários.

São Paulo foi sem dúvida o núcleo brasileiro de colonização semita. De fato, nenhum outro povoado do território nacional ofereceu melhor acolhida para os judeus do que o estado de São Paulo.

A organização judaica procurava captar as simpatias do público paulistano oferecendo festivais e  conferências sobre os mais palpitantes assuntos, com convidados de grande projeção da arte, cultura e ciência.

Segundo estatísticas de imigração, de 1880 a 1935, entraram no Brasil cerca de 158.300 israelitas, no qual menos de 5% emigraram posteriormente.

O fato é, sem o anti-sionismo e gueto, os judeus viveram em paz no Brasil, assim se apossando
do poder econômico, industrial, da imprensa e a política.

Dados de pesquisas retiradas do livro: "BRASIL INTEGRAÇÃO DE RAÇAS E NACIONALIDADES" de Cardeal Dom Agnelo Rossi.

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