domingo, 5 de junho de 2016

Família de português morto pelo ISIS arrecada fundos para levar corpo à Portugal


  O pedido é feito em nome do pai do primeiro português a viajar para a Síria para combater o auto-proclamado Estado Islâmico, o militar da GNR que partilha também o nome com o filho, Mário Nunes. É depois disponibilizado um NIB da Caixa Geral de Depósitos para onde podem ser feitas as transferências.
A família informa ainda que, caso o montante recolhido ultrapasse as despesas realizadas com a transladação, "o excedente será doado a uma instituição de solidariedade social".
Em Janeiro de 2015 Mário Nunes tornou-se o primeiro português a alistar-se nas Unidades de Protecção Popular, YPG em curdo, as milícias que combatem o EI no norte da Siria. Nessa altura desertou da Força Aérea Portuguesa, onde era soldado há quase três anos. Estava colocado na Base Aérea de Beja.
Esteve na Síria cerca de quatro meses. Regressou à Europa em Junho, numa altura em que os combates tinham praticamente parado naquela zona. Após alguns meses, deu uma entrevista à  onde explicou os motivos que o levaram a decidir combater o grupo terrorista. "Eu e os outros voluntários preferíamos morrer ou sermos feridos a não fazer nada [contra o Estado Islâmico]", disse.

Em Janeiro deste ano voltou à região de Rojava, novamente para se alistar nas YPG. Morreu no início do mês passado, em circunstâncias que ainda estão por esclarecer. No comunicado enviado à família, a 28 de Maio, o comando das YPG escreveu que "nas horas negras de 3 de Maio" Mário "suicidou-se". No entanto, na passada quinta-feira, a organização divulgou um comunicado em que apontou como causa da morte um "acidente". Contudo, não explicou as circunstâncias da morte nem o motivo de ter demorado tanto tempo a contactar a família, algo que, por norma, é feito imediatamente. Dúvidas que poderão ser esclarecidas com a chegada do corpo a Portugal.
Para já, a família conta com o apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Uma fonte oficial garantiu esta semana à SÁBADO que tudo será feito para ajudar a trazer o corpo do português para Portugal. Ao que a SÁBADO também apurou, a embaixada de Portugal em Nicósia, no Chipre, já está na posse do certificado de óbito autenticado. O documento seguirá agora para a representação portuguesa nos Emirados Árabes Unidos, que está acreditada no Iraque. Será essa embaixada a emitir o alvará de transladação, o documento que permitirá o transporte aéreo do corpo do aeroporto de Sulaymaniyah, na Região Autónoma do Curdistão iraquiano, para Portugal.
Não sabemos como os brasileiros possam depositar algum valor, mas caso há algum português lendo a postagem é só seguir:
 A conta bancária para onde poderão ser feitos os donativos é:
Caixa Geral de Depósitos
IBAN PT50003506420005802480056

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