Um amigo pergunta ao outro:
— Ora, mas qual é o objetivo de existir uma empresa?
Certamente, se você perguntar isso para uma pessoa ela irá lhe dizer que uma empresa existe
para ganhar dinheiro, e isso não está errado, de forma alguma, em uma sociedade
moralmente corrompida é normal que a grande maioria dos empresários exerçam suas
atividades com esse objetivo, mas isso é bom? Devemos nos aprofundar um pouco mais nessa
análise.
Quando se faz uma abordagem negativa em um caso desses é normal que se pense que esse
possa ser mais um texto produzido a partir do ridículo ideário marxista falando sobre
planificação econômica ou qualquer outro tipo de idiotice sobre ciências econômicas e sociais,
mas não é. O objetivo aqui é entender que a liberdade econômica é algo bom, assim como
qualquer outro tipo de liberdade, mas que o ruim é quando essa liberdade é utilizada de
maneira degradante, como qualquer outra.
Quando vejo a questão “ganhar dinheiro” de uma maneira negativa isso não quer dizer que o
lucro é algo ruim, o ruim são os meios pelos quais as pessoas se utilizam para fazê-lo. Acredito
que uma razão mais nobre para que exista uma empresa seria ganhar dinheiro através do
desenvolvimento de atividades com um papel social positivo.
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Fábrica de sapatos dos irmãos Dassler. Hitler incetivava os esportes na Alemanha, e isso fizera crescer as vendas de tênis. |
“Uma mina existe para fornecer carvão ao povo, para que ele tenha luz e calor. Fábricas, casas,
propriedades e terrenos, dinheiro e ações, existem para estar a serviço do povo, e não para
tornar escravo um povo. A posse destes bens não proporciona somente direitos, mas deveres.
Propriedade significa responsabilidade, e não apenas com seu próprio bolso, mas perante o
povo e seu bem-estar. No início, as minas estavam lá para servir à produção, e a produção
existe para servir ao povo. Não foi o dinheiro que descobriu as pessoas, mas sim as pessoas que
inventaram o dinheiro, e para que ele lhes sirva, e não para que as subjugue.”
- Joseph Goebbels
Possuir uma empresa não é apenas uma questão de poder, mas acima de tudo é uma questão
de muita responsabilidade, afinal, do mesmo jeito que sua existência possa beneficiar muitas
pessoas, também pode prejudicá-las, e quando um empresário objetiva apenas o lucro, mas
não tem a consciência de fazer um papel positivo perante a sociedade, ele não difere em nada
de qualquer traficante, assassino de aluguel ou ladrão que exista. Isso também não é um mal
apenas de donos de empresa, afeta da mesma forma os empregados, que são imorais quando
desempenham uma atividade de maneira ridícula, apenas objetivando o seu salário.
Hoje no mundo todo qualquer governante irá sofrer quando tentar forçar uma
responsabilidade para os lucros, isto é, obrigar as empresas aumentarem os gastos com o bem
estar se seus funcionários e benefício dos clientes de forma que faça com que se reduza o
lucro dos investidores cujas atividades estão fundamentadas em apenas uma coisa: ganhar
dinheiro, foda-se como. Hoje os países do mundo são reféns desse tipo de prática, porque a
fuga de capital pode gerar um problema maior que o anterior, afinal, para quem precisa, pior
que um emprego degradante, é não ter emprego algum. Quando se tenta forçar
responsabilidade em uma pessoa que pode se sair dessa tentativa de imposição de uma
maneira ainda mais irresponsável, não o faça.
Alguma situações de moralidade devem ser abordadas com muita cautela, e no caso da
responsabilidade social, depende de uma sólida formação de caráter e de uma educação
virtuosa, para se fazer cada vez mais adultos com personalidades louváveis, afinal, os homens
tem o poder para coibir esse tipo de prática, mas nem todos, e os que tem, parecem estar de
forma perfeita convivendo com isso. Por tanto, isso serve para qualquer tipo de poder que
exercemos, o pensamento objetivando o bem deve sempre anteceder a ação do homem,
assim esse evita a imoralidade
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