Soldado israelense segurando bandeira de Israel na colina de Golã |
Há evidências consideráveis de que a ameaça crescente de radicais islâmicos nas Colinas de Golã é uma consequência direta do patrocínio secreto de Israel para os ‘’rebeldes’’ anti-Assad na região.
Israel capturou as Colinas de Golã na Guerra do Seis
Dias em 1967, anexando e ocupando o território em 1981, em violação do direito
internacional.
À medida que o conflito na Síria tem se intensificando
nos últimos anos, Israel remarcou seu território e por questões de
‘’Segurança’’, as colidas de Golã ficaram sobre defesa militar israelense, uma nova
zona foi criada e uma frente de até 10 milhas dentro do território sírio foi
fundada com o pretexto de proteger o Estado de Israel dos rebeldes islâmicos, e
assim as colinas de Golã ficaram ocupadas por soldados israelenses, não tão
diferente de Gaza, entre a Palestina e Israel.
Mapa entre Israel, colina de Golã e a Síria |
Porém sendo contrário de Gaza, as Colinas de
Golã podem ser um território de negociações entre Israel e os terroristas anti-Assad. No ano passado, os relatórios apresentados
pelos observadores da ONU nas Colinas de Golã ao Conselho de Segurança da ONU
revelou um padrão preocupante de "cooperação entre Israel e figuras da
oposição síria" durante um período de 18 meses. Os extensos relatórios
confirmaram que o exército israelense estava ajudando ‘’rebeldes’’ sírios
feridos, e a prestação de assistência militar, essa relação segundo o relatório
da ONU durou de março de 2013 a verão de 2014.
"Analistas observaram no relatório distribuído em
10 de junho de 2013 que eles identificaram os soldados israelenses no lado
israelense entregando mais de duas caixas com armas para a oposição síria
no lado sírio", relatou Ha'aretz (Um jornal diário israelense escrito em
inglês).
‘’Rebeldes anti-Assad recebem tratamento e ajuda do
exército israelense incluiu membros do extremista al-Qaeda, Frente al-Nusra,
bem como o Estado Islâmico (EI)’’ comunicou
ativistas drusos israelenses.
No entanto, durante esse período, o lado sírio das
Colinas de Golã foi cada vez mais dominado por militantes islâmicos do
Al-Nusra, filiado á Al-Qaeda.
Os relatórios dos observadores da ONU também revelou
que o exército israelense estava permitindo que os rebeldes sírios dentro dos
territórios de Israel.
Em dezembro de 2014, em um blog muito requisitado chamado
de ''Tikun Olam", o jornalista israelense Richard Silverstein que
faz parte da segurança nacional citou reportagens hebraicas que mostram que o
exército israelense havia estabelecido "um camping estilo Ashraf com
apenas rebeldes sírios dentro do território israelense na fronteira"
". Com a criação de "instabilidade máxima dentro da Síria,"
Israel espera enfraquecer não apenas Assad, mas também o Irã e o seu inimigo
Hezbollah.
O relatórios de Silverstein da assistência militar
israelense para rebeldes anti-Assad foram corroboradas em outros lugares. Em
agosto de 2013, o francês Le Figaro informou que um influxo de 300 "escolhidos
a dedo, e os soldados do "Exército Livre
da Síria" ou "Free Syrian Army" (FSA) foram treinados e dirigidos pela CIA e comandantes israelenses, o treinamento foi realizado na
fronteira da Jordânia e da capital síria, Damasco. Lá os ‘’rebeldes’’ foram
formados para manusear e utilizar armas anti-tanque e anti-aéreas, boatos que
tais treinamentos vinham ocorrendo desde 2012 em campos secretos
norte-executados na Jordânia e na Turquia.
Após as notícias serem divulgadas e a população de
Israel questionada em agosto de 2014, o ''Times of Israel'' informou que um
comandante FSA tinha "colaborado com Israel em troca de apoio médico e
militar". Ele havia entrado Israel cinco vezes para atender os oficiais do
exército israelense, durante o qual ele foi fornecido com um telefone móvel
israelense , apoio médico e vestuário, 30 fuzis soviéticos, 10 lançadores de
RPG com 47 foguetes e 48.000 balas.
Embora parece improvável uma aliança formal, o Estado
Islâmico e os guerrilheiros do Al-Nusra
já se uniram para aquisição Arsal, uma cidade na fronteira sírio-libanesa. Tais
alianças temporárias mostram que combatentes islâmicos estão dispostos a unir
forças, apesar das ‘’diferenças
ideológicas’’ para alcançar seu objetivo sobre seus “inimigos” comuns, valendo
ressaltar que é o mesmo pensamento dos EUA e de Israel, que consideram Assad
seu inimigo, assim usando como pretexto para financiar grupos rebeldes que são
também terroristas como o ‘’Exército
Livre da Síria’’. Logo mostra que todos estão unidos com apenas uma
finalidade, que é derrubar o governo de Assad, mas com segundas intenções, que
é ter posse sobre os postos petrolíferos da Síria, e tornar a Síria idêntica a
Líbia após a queda do General Gadaffi, sem governo, com o terrorismo de norte
ao sul e dividida entre grupos radicais, assim trazendo o total desconforto e
insegurança para a população.
Fonte de pesquisa: Jornal Middle East Eye
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